Não tenho tema nenhum para o que vai ser escrito nos próximos minutos.
Só dedos a pisarem teclas com a força de dedos que pisam teclas.
São 19h30, o dia foi calmo, ou quase nada, como de resto se apresentam os Domingos. Fico sempre com a leve (muito leve) sensação de que o Domingo é a parte de trás de um outro dia qualquer.
Custa-me a acreditar.
Chego aos Domingos como quem chega à Igreja: não acredito.
Comi bem, graças a mim.
Acabei de ler o Expresso, onde ofereciam uma bonita bandeira de Portugal. A questão é: será que chegam?
O Mundial ainda não começou e já não posso ouvir falar dele. Que Deus o leve.
Descansei o dia todo.
Sinto-me de rastos.
Descansar cansa-me. Faz-me doer o meio da cabeça.
Recebo chamadas e mensagens boas, daquelas que fazem festinhas no peito do peito.
Desfolho a Focus, a Visão e a Única. Dão-me um ar intelectual e engana por segundos o leitor.
Arrumo-as, e com ela a tarde.
Como tudo o que engorda. Nada me engorda.
Olho para a agenda semi-fechada no outro canto da sala. Semi-abro-a.
Amanhã, segundo dizem, acorda outro dia.
O Domingo, passa o tempo a espreguiçar-se. E eu ajudo-o, em braços coreografados.
Bom jogo.
Angola já leva 1-0 na pá.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 4 semanas