Depois de ter passado o dia a ensaiar e a fazer um espectáculo no Casino Estoril, e trinta minutos antes de entrar para o bonito palco do São Luiz, surge-me uma coisa:
Epá, gostava tanto de fazer ó ó.
Mas daquele ó ó que se inicia com uma sucessão alucinante de cabeçadas à cais do sodré no ar, seguidas do ar de pânico de quem pensa:
"eu tou a ouvir, eu não estava a dormir"
Não era só fazer ó ó em palco. Era um bocadinho antes e um bocadinho a meio.
Assim de esguelha, para ninguém do público perceber.
Ou dormir numa posição engraçada de maneira a que um ou outro elemento do público dissesse:
"Olha-me bem, este Bruno até a dormir consegue fazer com que eu me escangalhe a rir".
Adoro pessoas que se "escangalham" a rir.
São diferentes.
E amorosas.
Vou então vestir a camisinha e por o microfone.
E que nosso senhor me acompanhe.
E já agora, que me belisque.
O maroto.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 4 semanas