terça-feira, 15 de julho de 2008

A época do mosquito

Hoje fui mordido por cerca de quinhentos mosquitos.
Não avanço um número mais preciso porque não estou aqui para enganar ninguém.
Se estiverem dez pessoas e o mosquito tiver de escolher, é certo e sabido que me vai picar a mim.
Pode até haver um rodízio de sangue que é só chegar e beber, que eles torcem o nariz e seguem contra a pele do Bruninho.
Eles falam muito entre eles, e sabem que tenho um sangue espectacular que vai muito bem com tudo.
Pernas, braços, costas e mãos.
Tudo.
E só não continuam porque vesti uma camisola de gola alta, um gorro, umas calças e umas pantufas feitas de extratos de repelente.
Agora sim, sinto-me protegido e com uma ou outra quebra de tensão por causa de estar a suar. Coisa que graças a Nosso Senhor não me afecta a escrita. salçkfdksçajfjksdhkjhgrekjnjksdnv xcjnvjmxcn xncvx,mm
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Eu sou um prato.
Repararam como eu escrevi: "não me afecta a escrita" e depois desatei a disparar letras ao acaso?
É de quem tem um sentido de humor muito elaborado.
Vou só admirar-me um bocadinho ao espelho enquanto me apercebo que se fosse mosquito também me picava a mim, tal é o ser humano formidável que eu represento.
Ai Bruno Bruno.

Esta foi ainda a semana em que Carlos Castro, numa crónica, escreveu o seguinte:
"A propósito."
É de classe.
Começar uma frase com "A propósito" e fechar logo com um ponto final é de quem tem uma auto-confiança acima da média.
Qualquer pessoa menos habilitada escreveria "a propósito" seguido de uma vírgula.
Não este menino.
Este menino fecha logo ali para nem sequer haver espaço para palhaçadas.
E só não começou logo com um ponto final porque se baralhou com o teclado.
A propósito.
Vou ver um filme.
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