Já tinha comprado o dvd mas ainda não tinha deitado o corpo com calma para o ver.
É um belo trabalho e acima de tudo uma bela idéia.
Aqui fica a sinopse:
Há lugares que quase não existem.
Casais de Folgosinho nem sequer é um lugar.
Não há luz eléctrica, não corre água canalizada, não há estradas. Perde-se no silêncio de um vale entre as montanhas da Serra da Estrela.
Em tempos foi um autêntico santuário de pastores...Com dezenas de famílias e milhares de cabeças de gado. Hoje, os mais velhos vão morrendo e os novos fogem da dura sina de ser pastor.
365 dias por ano.
Herminio, 27 anos, contraria o fim.
Dizem que é o pastor mais novo, mas também o mais doido.
Sozinho, rádio na mão, rasga montanhas ao som das cassetes do popular cantor Quim Barreiros, que um dia sonha conhecer.
Os sons das cassetes e do rádio puxam-no para longe de uma vida de solidão. São a união entre dois mundos diferentes.
Distantes e próximos.
Na sociedade moderna o futuro de Hermínio é inquietante.
Até quando o jovem Hermínio será pastor?
Mas...ainda há pastores?
Por fim deixo aqui os meus parabéns ao realizador Jorge Pelicano.
Sei que foi o seu primeiro trabalho, mas nada o dá a entender.
A fotografia deste documentário é soberba.
A prova de que não é preciso assim tanto dinheiro para se fazer coisas boas.
Apenas talento e vontade.