Bem sei que já aqui me confessei fã da série "Sete Palmos de Terra".
Sei também que a série já acabou há quatro anos.
Mas cada vez que vejo uma má série (que foi o caso), apetece-me dizer isto vezes e vezes sem conta:
"Sete Palmos de Terra" é, para mim, a série mais bem escrita de sempre até hoje, e ainda com o trunfo de conter o melhor último episódio de qualquer série que tenha visto.
A ideia de uma família que vive numa casa que é também uma agência funerária só pode correr bem.
Alan Ball, o produtor/realizador/argumentista, que escreveu entre outas coisas o lindíssimo "American Beauty", disse que parte do segredo da série reside na aposta em actores com experiência de teatro e por tudo ser filmado com o mesmo cuidado com que se filma em cinema.
E isso percebe-se, nunca se tinha feito nada assim, nem nunca se tinha falado da morte tão abertamente e com tão bom gosto.
Os cenários são cuidadosamente escolhidos, os actores são extraordinários, a banda sonora é igualmente extraordinária e a realização e os argumentos são daqueles cometas que passam por nós muito de vez em quando.
A nova série que ele (Alan Ball) está a produzir chama-se "True Blood" e é sobre vampiros.
Encomendei hoje pela Amazon mas confesso que tenho algum receio de não aderir ao universo vampiresco.
Ainda assim, está feita a aposta.
E para os mais desatentos que perderam os "Sete Palmos de Terra": vão já comprar.
Garanto que não se vão desapontar.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 5 semanas