Acabei de comprar uma bela caixinha de dvd´s: A Pantera Cor-De-Rosa. Tem Peter Sellers como protagonista numa criação genial (o inspector Clouseau) que foi baseada numa caixa de fósforos com uma fotografia de um homem de bigode, que ele tinha comprado a caminho das filmagens e numa gabardina da Burberrys que tinha também adquirido há pouco tempo. O resto foi apenas o essencial para um actor deste calibre: dar liberdade para o improviso e aproveitar ao máximo a sua facilidade para criar situações de humor físico, onde o grande segredo é parecerem o mais naturais possível (o que é, por vezes, impossível). Tudo o mais ficou para a história. Ainda assim, os filme dele que mais me marcaram e que recomendo vivamente são "A Festa" e "Dr. Strangelove", este último de Stanley Kubrick, e que nos últimos minutos tem alguns dos seus melhores momentos de sempre, e que não os adiantarei para não correr o risco de estragar a surpresa a quem ainda não viu. Descobri ainda que a sequência do filme "Monty Pythons e o Cálice Sagrado" em que usam côcos para imitar o som de cavalos, é, na verdade, uma criação de Peter Sellers, numa série produzida pela BBC. E esta, hein? Aos trinta e oito anos sofreu (ao que li) treze (sim, treze) ataques cardíacos e morreu aos cinquenta e quatro anos, curiosamente, vítima de ataque cardíaco. Mas deixou-nos uma herança mais do que valiosa: A arte de fazer humor. Aqui fica uma pequena amostra de doze segundos: