Ontem, concerto do Camané com Mário Laginha e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, no Centro Cultural de Belém.
Extraordinário.
Considero o Camané o melhor fadista português da actualidade.
Quase a par com o Carlos do Carmo, que muito admiro, mas o Camané tem uma luzinha especial que não dá para explicar.
Nem convém.
Para além de ser de uma humildade que o engrandece.
Tive o privilégio de assistir aos ensaios no dia anterior e perceber a mecânica por detrás de um concerto desta grandiosidade.
É inexplicável o rigor e profissionalismo de todos os músicos da Orquestra Metropolitana até chegarem ao rigor que o maestro lhes pede.
E os arranjos do Mário Laginha transformaram os fados do Camané em algo ainda maior.
Um concerto de duas horas que fica na caixa negra do peito.
Agora vou ali mentalizar-me para o facto de amanhã ter de mergulhar na água da praia do Samouco.
Sim, do Samouco.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 4 semanas