Parece que me tem andado a doer um dente.
Parece que fui ao dentista.
Parece que a conta que paguei no fim era o preço equivalente a um Fiat Punto dos novos, mas sem extras.
Mas o que é certo é que ao menos paguei mas ainda me dói o dente.
Já estou um bocado farto da trivialidade de se ir a um dentista e de se sair de lá sem dores.
Homem que é valente vai ao dentista, leva com uma agulha na gengiva, uma broca ou outra, e sai de lá a babar-se mas com uma pose digna.
E assim foi.
Agora a dor está-me a apanhar também o ouvido. O que me parece uma coisa espectacular visto que eu fui lá para tratar um dente.
Enfim, modernidades.
Agora estou a antibiótico.
Mas daqueles que cada comprimido parece que é um biqueiro no estômago com botas de cimento.
E uma vez ou outra um Clonix, que também é coisa fraca.
Visto que é de oito em oito horas, também deve ser fácil de perceber que neste momento estou a encher alheiras de mirandela para ver se chega as quatro da manhã.
Outra coisa inteligente foi ter começado a tomar o antibiótico de maneira a que uma das doses tenha que ser tomada às quatro da manhã.
Mas entenda-se que no 9º ano escolhi letras, portanto não tive Matemática mas sim Métodos Quantitativos, o que explica parte do problema.
Amanhã tenho outra consulta de dentista mas vou-me queixar dos joanetes, só para os baralhar e ver se a coisa resulta.
E prá semana a ver se passo no otorrino para me queixar de uma pontada que tenho aqui na anca.
Merda, ainda são duas e um quarto.
O meu irmão Nikita não voltará a Kharkiv.
Há 4 semanas