terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Anos depois


Deve acontecer com a grande maior parte das pessoas.
Comigo foi precisamente o mesmo.
Na altura em que nos "obrigam" a ler certos livros, como preparação para exames de Português, é raro recebermos a ideia de braços abertos.
Primeiro porque é muita fruta para tão pouca idade.
E segundo pelo simples facto de ser obrigatório.
E a palavra "obrigatório" tem o dom de desvalorizar qualquer produto em 80%.
Mas assim é, e assim foi.
Li "Os Maias" há uns largos anos.
Sei que me doeu lê-lo.
São muitas páginas para quem quer estar com os olhos noutras coisas que não em letras.
Há uns dias peguei nesse mesmo livro, para o ler com os olhos da livre vontade.
A idade muda os livros.
O livro que li há muitos anos, não é o mesmo que hoje acabei de reler.
O romance "Os Maias", do qual me despedi há minutos, é provavelmente o melhor livro que li até hoje.
Tão bem escrito e tão bem arquitectado que é impossível não ler de um só trago.
Porque Eça de Queiroz é um bocadinho mais do que "Soraia Chaves toda nua em cima de um padre".
Por favor, releiam.
Ou leiam.
Há obras que deviam ser lidas ao domingo de manhã.
E poupar a eucaristia dominical.
Ou então poupar só a eucaristia dominical, vá.

Amanhã: Camilo Castelo Branco.
Mas sem exames de português pela frente.
E sim, com uma lareira.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Digestão natalícia

Se como mais uma rabanada que seja, estoiro.
E tirar 1,94m das paredes e tecto ainda leva o seu tempo.
Espero que tenham tido um santo natal, tá bom?
Se não foi santo é de desconfiar.
E se não nos virmos antes, Bom Ano!
E que 2009 blá blá blá belele.
E agora?
Lareira como música de fundo e o documentário "A Casa do Tom", feito pela mulher do Tom Jobim, Ana Jobim.

P.S.- hoje à noite na Rtp há um episódio dos Contemporâneos, com algumas partes do "chato" e aqueles que para nós foram os melhores momentos musicais desta segunda série.

Já posso ir?
Óptimo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Chiado

Hoje à tarde, o caos.
O mais próximo que estive de passear numa rua do Japão em que parece que estamos dentro de uma máquina de pinball a levar cotoveladas de todos os quadrantes.
Pequena nota:
À entrada da Pull & Bear, uma senhora deita para o chão um papel enorme de um bolo que estava a comer.
Assim, no meio de toda a gente, e como se nada fosse.
Como se toda a calçada fosse um enorme caixote do lixo.
Um nome, curto:
Besta.

"Programa do Aleixo"

A minha vénia ao "Programa do Aleixo" que só há pouco tempo consegui ver.
Numa altura em que cada vez é mais difícil fazer coisas originais, o João Moreira, João Pombeiro e o Pedro Santo conseguem-no fazer com textos magníficos e com interpretações diferentes de tudo o que se viu por estes lados.
Espreitem que vale muito a pena.
Ainda que primeiro se estranhe.
Sou um fã confesso do extraordinário universo que conseguiram criar.
Todos os domingos na Sic Radical pelas 20h30, ou, como no meu caso, através do Youtube.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Espécie de direito de resposta

É raro agendar entrevistas.
Se estiver numa estréia ou noutro lugar qualquer (à partida) não fujo.
Falo antes daquelas entrevistas extensas, com mais "peso", que volta e meia se fazem.
E evito por um simples motivo: a maior parte dos jornalistas faz entrevistas sobre a vida profissional com o fito de preparar terreno e distrair, para no fim da entrevista desatar a escarafunchar a vida pessoal do entrevistado.
Vem nos livros.
Ora, se fosse um coisa meiga e inteligente sobre a vida pessoal, o entrevistado ainda se deixaria levar alegremente.
O problema é que as perguntas, regra geral, são demasiado parvas.
Logo, fica só um momento de pura cusquice.
"Vou estrear uma peça" venderá à partida menos exemplares do que "Eu e a Maria vamos ter gémeos. Ela já está cheia de desejos e passa o dia a pedir-me para lhe comprar rabanadas e paio de porco preto. Estamos numa fase muita gira."
Há ainda outra coisa digna de nota.
Quando acontece estar a dar uma entrevista, mesmo que esteja a ser acompanhada por um gravador do jornalista, há qualquer coisa que me diz que as palavras que estão a sair da minha boca não são necessariamente as que aparecerão escritas na revista/jornal.
É um fenómeno raro que só acontece em alguma imprensa.
E em comadres.
Foi o caso da edição de hoje da revista "Notícias Tv" do Diário de Notícias.
Uma conversa com uma jornalista que aceitei por me parecer que a "Notícias Tv" teria a chancela de qualidade do Diário de Notícias.
E acima de tudo que seria menos sensasionalista que a imprensa dita cor-de-nada.
Será?
A meio da entrevista surge a pergunta: "Aceitaria juntar-se ao elenco dos "Gato" caso o convidassem?"
A minha resposta, quando fui entrevistado há uma semana, foi: "É tudo relativo, depende do projecto em causa. Se fosse uma coisa entusiasmante para mim e para eles, claro que sim. Mas neste momento não penso sequer nessa hipótese."
Frase que aparece na capa: "Aceitaria juntar-me aos Gato Fedorento".
É um preciosismo.
Muda-se um bocado a ordem das palavras, e de repente, do nada, parece que me estou a oferecer para que os "Gato Fedorento" me convidem para trabalhar com eles, parecendo também que me esqueci que tenho um programa precisamente noutro canal.
Depois abro a revista e a frase em letras grandes que dá início à entrevista é:
"Não sei quem é mais parvo, se eu ou a Maria!".
A pergunta que deu origem a este bonito título era:
"Quem é o mais brincalhão lá em casa"?
E agora muita atenção: a entrevista tem 15 perguntas.
Uma delas é sobre a vida pessoal. ( e só foi uma porque eu disse que não valia a pena perguntarem mais nenhuma)
E qual delas é que dá origem ao título?
Será uma das 14 sobre a profissão..?
Não.
A única sobre a vida pessoal.
Eu bem disse:
Vem em todos os livros.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fnacs e mais Fnacs



Meus caros, estou prestes a alugar um T1 dentro de uma Fnac.
Isto porquê?
Porque esta quinta feira dia 18 de dezembro pelas 21h30 voltarei novamente à Fnac do Colombo, mas desta vez para uma singela sessão de autógrafos juntamente com o João Quadros a propósito do livro das crónicas da TSF, de seu nome "Tubo de Ensaio".
Esperemos que apareçam para lá.
Se não aparecerem espero que vos caiam os dentes todos durante a noite.
Ficamos assim então.
A propósito: se não descanso urgentemente começo a trincar a língua e a babar-me acordado.
Isso.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"salvem os ricos"

deu trabalho.
mas cá está:


sábado, 13 de dezembro de 2008

ontem, na Fnac

Um muito e muito obrigado a todos aqueles que estiveram ontem presentes na Fnac do Colombo para o lançamento do dvd d´"Os Contemporâneos".
Foi uma bela noite, com uma Fnac a abarrotar, onde passámos em primeira mão o episódio de ontem.
Ver os sketches com o público e ver as reacções deles alí, ao vivo, é uma experiência maravilhosa.
Ficámos a saber que os "Panisgas" e o "Chato" são já personagens risiveis só de aparecerem no ecrã.
E que se criou verdadeiramente um micro-fenómeno à volta dos "Contemporâneos" que me deixa mais do que feliz.
Para quem não pode nem ir à fnac nem assistir em casa, pode ver o episódio aqui.
Na certeza porém de que se não viram é bom que um familiar tenha patinado ou qualquer coisa do género.
Caso contrário é-me difícil perceber.
No fim jantar e à saída do restaurante a Ana Galvão, a esposa e futura mãe do rebento "Markl-Galvão" chamou a atenção para o nome da rua onde estávamos.
E sim, de facto é provavelmente o melhor nome de rua alguma vez criado em todo o mundo:



Um grande bem haja a quem teve a imaginação para incluir na mesma frase "táxis" e "palhinhas".
É de génio.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"salvem os ricos..."

making of do que podem ver logo à noite pela 21h na Rtp1.

salvem os ricos...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Há muito muito tempo

Seis anos depois eis que o processo Casa Pia vai avistando o fim.
E mesmo assim dá-me idéia que foi rápido demais, não sei se não era de ficarmos mais três anos só a ver um best of destes últimos seis anos e depois sim fazer um grande final, com o Eládio Clímaco e a Serenella Andrade a conduzir uma emissão em directo e o Armando Gama a fazer habilidades com o cabelo, que me parece infinitamente mais interessante do que do que o Armando Gama ao piano.
Resta saber se os arguidos estão ou não com nervoso miudinho.
Deve ser provavelmente a pior coisa para ter num processo relacionado com pedofilia.
Nervoso miudinho.
Depois deste momento trocadilheiro vou-me ali esparramar no sofá que amanhã não tenho de acordar às 7h da manhã!
Sim sim, confirma-se, vou poder dormir.
Vou portanto ver "O assassinato de Jesse James" que o meu bom amigo Nuno Lopes me ofereceu.
Em troca tive de lhe cantar uma música da Lena d´Água todo nú.
Um negócio justo.

adenda

Amanhã, no lançamento do dvd na Fnac do Colombo, iremos passar, numa espécie de ante-estréia, o episódio que irá para o ar nesse mesmo dia às 21h.
Portanto, quem for ao lançamento tem a oportunidade de ver aquele que, na nossa modesta opinião, é um dos melhores episódios desta segunda série.
Na companhia do elenco.
Quem não for, pode sempre ver em casa.
Mais deprimente, mas igualmente possível.
Já sabem, amanhã às 18h30, na Fnac do Colombo.
A melhor Fnac do mundo das Fnac´s.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

três simples coisas

Serve a presente mensagem para dizer três coisas:
A primeira é que hoje vocês estão com a pior cara de sempre.
E com a barba mal feita junto das patilhas.
Homens e mulheres.
A segunda é para avisar que esta semana "Os Contemporâneos" vão excepcionalmente para o ar na sexta-feira depois do Telejornal (por volta das 21h), uma vez que na quinta-feira comemora-se o centenário do senhor Manoel de Oliveira (se tudo correr bem).
E a terceira é para vos dizer que nessa mesma sexta-feira parte dos "Contemporâneos" estarão na Fnac do Colombo pelas 18h30 para fazer mais uma vez a apresentação do dvd.
Portanto, ou bem que ficam em casa a ver o programa, ou bem que vão à Fnac do Colombo e voltam na bisga para casa.
Pouco importa se moram no Minho, têm é de escolher uma das duas opções, se não me quiserem ver torto.
E é muito isto.
Ou se calhar é um bocadinho menos, mas em termos de letras e frases equivale a isto.
Ok.
Agora tenho mesmo de ir.
Eu sei, eu sei, mas tem de ser.
Óptimo, eu também.
Adeus.

sábado, 6 de dezembro de 2008

"VLCD"


Sou um fã confesso do Teatro Meridional, um grupo que mantém um nível de qualidade em todos os espectáculos que, pelo menos a mim, sempre me deixou emocionado no fim de cada peça.
Daí eu ser suspeito ao dizer que não devem perder, por nada deste mundo o espectáculo "VLCD".
O trabalho da Carla Maciel, a esposa do meu caro Gonçalo Waddington, Luciano Amarelo, Miguel Seabra e Fernando Mota é impressionante, e tudo isto sem dizerem um única palavra.
Pelo menos em português.
A Carla maciel dizia-me que a linguagem que usam é uma mistura de finlandês, inglês e improviso.
Fernando Mota é também o compositor da simples e eficaz banda sonora que acompanha a peça, e que ele própio a toca em palco.
Um espectáculo com actores extraordinários e de uma simplicidade comovente.
Até dia 21 de dezembro fazem-se coisas bonitas, na Rua do Açúcar nº64.

Chato vs Chato

No último programa...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Confirma-se: a partir de abril os "Contemporâneos" vão ter a sua terceira série.
Ainda não sabemos se haverão mudanças no programa, mas às partida tudo se manterá tal e qual como está.
Ontem estivémos na Fnac de Almada no lançamento do DVD.
Obrigado a todos os que por lá estiveram.
Avisarei assim que souber de outros sítios onde vamos estar a apresentar o DVD.
Até lá, comprem tudo o que tenha a minha cara na capa.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

enquanto arde

Uma lareira aquece muito mais do que o corpo.