Chegou-me há poucos dias via Amazon. Andava ansioso por ver este documentário extraordinário que retrata a coisa mais simples e poética que se pode retratar. Um homem a cumprir um sonho de vida. Philippe Petit tinha um objectivo na vida que não é propriamente de fácil acesso: Atravessar as torres gémeas através de um cabo de aço. A pé. Sem cabo nenhum de segurança. Só ele, um cabo de aço que ia de uma vida a outra, e o desejo de passear no tecto do mundo. E assim foi. No dia sete de agosto de mil novecentos e setenta e quatro andou, ajoelhou-se, deitou-se e voltou a caminhar durante uma hora entre as torres gémeas, depois de ter planeado tudo ao pormenor juntamente com os amigos que acreditaram que o impossível era possível. Foi depois preso e submetido a avaliações psicológicas. E não tinha perdido nada. Tinha ganho mais do que aquilo que se possa alguma vez imaginar. Está nomeado para o Óscar de melhor documentário. Mas já venceu o que tinha para vencer. O sonho.