quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Nova exposição


Novamente a minha empregada.
Novamente arte.
Desta feita num lavatório de casa-de-banho.
Quanto a mim uma obra difícil de entender mas que contém uma força dramática extraordinária.
A força do shampoo contra a frieza da louça sanitária.
O desespero do desencontro com a banheira.
E acima de tudo as costas voltadas do Garnier Ultra Suave e do Pantene.
O que os terá separado?
E o que tenta ver o terceiro Pantene Pro V que espreita no meio dos dois?
A torneira?
Ou está a fraquejar de ter os outros em cima do peito?
A profundeza da dúvida.
A frieza das relações humanas, levada a cena por três shampoos, que no fundo podiam ser qualquer um de nós.
Essa é que é essa.
Ainda não aprecei.
Apenas porque sei que nenhum dinheiro do mundo paga arte deste calibre.