sexta-feira, 10 de abril de 2009

Não gosto de iscas

Volta e meia vou a um restaurante lá para os lados de Cascais e o dono do restaurante, sempre que me vê lá, vai ter comigo à mesa e dispara-me o seguinte:
"Epá, ouvi-o hoje outra vez no Tubo de Ensaio. Eu acho aquilo muita forte pá, não consigo rir".
Ponto.
Deseja-me uma boa refeição, faz-me um sorriso e eu faço o mesmo, aceno com a cabeça e sorrio também.
Recomeço a comer as entradas.
Agora surge uma questão:
Eu não gosto de iscas.
Gostava quando era mais novo mas depois deixei de gostar, quando percebi que não era bifes com um sabor estranho mas sim fígados de um valente gado bovino.
Ora, se eu optar por ir todos os dias a este restaurante, pedir iscas, e depois for ter com o dono para lhe dizer:
"Epá, comi hoje outra vez estas iscas de cebolada. Eu acho aquilo muita mau pá, fico mal disposto".
Se eu fizer isto sou considerado uma parvo de alta patente, certo?
Certo.
Razão?
Simples: O menú tem várias opções, eu não gosto de iscas, e insisto em comer esse prato todos os dias só para ficar mal disposto e embirrar com o dono do restaurante.

Enfim, era só uma equação na qual andava a trabalhar há já algum tempo e precisava de a materializar.
Posto isto, deixa-me cá ir gravar um texto para a Tsf sobre a sexta-feira santa.
E amanhã?
Almoço em Cascais.
Isquinhas.