Estou oficialmente em piloto automático.
Hoje gravei doze horas e a determinada altura pensei que a minha cara ia derreter e que me ia deixar morrer vestido de "Panisgas".
Era um funeral lindo de se ver.
Eu, com óculos guarnecidos de lentes da grossura de um tijolo e com um fato de treino finíssimo.
Adiante.
Temos, para esta semana, sketches que roçam a comédia, entre os quais estão dois que eu penso que podem ser particularmente bons. (parece que sou um empregado de restaurante a aconselhar os pratos do dia)
Um dos sketchs envolve um novilho de 200 quilos com o qual tivémos um frente a frente ontem na praça de touros do Montijo.
Parece-me que nunca um grupo de humoristas achou que a verdadeira comédia se encontrava na possibilidade de levar uma valente cornada no lombo.
E bem.
Eu parti o dedo mindinho há uma semana num sketch em que aviava umas bolachadas no Manel e não pude, neste bonito sketch que envolvia um novilho, fazer o papel de "forcado da frente", como estava designado no guião.
Foi o Lopes.
Resultado:
O Lopes partiu o polegar na pega ao novilho.
A vida é mesmo assim, ainda que sabendo que é mais de homem partir o polegar do que o mindinho, se bem que o meu mindinho ficou durante uns dias do tamanho do polegar, mas em compensação o polegar do Lopes ficou do tamanho do meu tornozelo.
Enfim.
Pelo sim pelo não amanhã, ao fechar a porta do carro, vou partir dois dedinhos ao Dinarte, só para a coisa ficar equilibrada.
Daqui a umas horas também se afigura um dia jeitoso.
Até porque estaremos a gravar na praia do Samouco, localidade que só por si dava um belíssimo título para um disco de música popular portuguesa.
Vou então dormir na paz do senhor.
Até.