sexta-feira, 12 de setembro de 2008

"Contemporâneos"

Regressamos a 18 de Setembro com episódios novos.
Até lá, fiquem com este bonito sketch que teve de ficar pela net:

"Lucy"

Hoje de manhã tive a feliz oportunidade de ver o novo programa da Luciana Abreu.
"Lucy" é o nome.
E...
Ora bem.
Por um lado se eu disser mal vocês pensam "lá estás tu".
Por outro se eu disser bem vocês não acreditam.
Vou então remeter-me ao silêncio e guardar só para mim essa experiência.
Pequena pista:
Durante o programa estava a beber um copo de leite.
A certa altura parte desse leite saiu-me pelo nariz.
Viram?
Subtil.

Fiquem com um belo video da "Lucy" e acima de tudo reparem que o tema é "borboletas" e que a produção, num claro momento de desenrascanso só lhe conseguiu arranjar umas asas de anjo do tamanho de um jipe todo-o-terreno, e vai de espetar isso no costedo da Lucy.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Contemporâneos, a 2ª temporada


Não tarda umas horas recomeço a gravar a segunda temporada dos "Contemporâneos".
Já tinha saudades de toda a equipa e de voltar à carga.
De ouvir um belo: "corta. bruno, estavas-te a rir".
E acima de tudo um "corta. gonçalo, estavas-te a rir".
De ouvir o Gonçalo a dizer "Foda-se, oh que caralho".
E perceber que ele é o melhor actor de toda a história da humanidade a dizer "foda-se, oh que caralho".
Sim, porque nem todas as pessoas dizem asneiras com elevado nível de impacto.
Há pessoas que dizem e parece poesia.
Há outras que dizem e parecem uns bezerros.
Ele faz com que as palavras sejam ditas com a pujança de um bezerro mas com uma sonoridade poética.
Saudades de chamar gorda à gorda.
Até porque já experimentámos chamar "Carla" e de facto não é a mesma coisa.
De certa forma até distrai.
De insultar o Dinarte.
E de mandar laranjas contra o lombo do Lopes, que tem dos melhores lombos para serem arremessadas laranjas.
E de insultar o Dinarte.
Já houve reunião de autores e actores, muitas e boas ideias foram sugeridas e estão neste momento a ser trabalhadas.
Acho que percebemos o que podemos melhorar em relação à primeira temporada e faremos os possíveis para que tudo seja corrigido.
Para já, o primeiro sketch envolve na mesma cena monges e a Emel.
Haverá mais novidades em breve.
Até lá.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quente e frio


A minha mãe antigamente fazia isso.
Escolhia na noite anterior a roupa que iria vestir na manhã seguinte.
E eu, com os olhos de dez anos, achava tudo aquilo um mundo novo.
Armários abertos a serem esventrados à força de um conjunto certo.
Por fim, as roupas desfalecidas em cima da cadeira, à espera que o corpo lhes desse volume.
Algum que fosse.
Tudo pautado pelo cheiro dos sabonetes que dormiam nos cantos das gavetas.
E de manhã, quando a minha mãe me ia deixar à escola, tudo aquilo funcionava.
A roupa era a certa para aquela temperatura, tudo ficava bem, e o dia para ela já estava meio-vencido.


Nos tempos que andam nada feito.
Avançar com uns calções e uma t-shirt no dia anterior é cada vez mais uma operação de altíssimo risco.
Mesmo no verão.
Especialmente no verão.
Agora está calor, bem sei.
Mas há três dias chovia e estava frio.
Nada contra, até um tanto ou quanto a favor.
Mas de facto, andamos a estragar qualquer coisa lá em cima.
E não me parece que seja coisa fácil de remendar.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Deolinda

O que se ouve por este lados.
Muito bom, e português.
Chamam-se "Deolinda" e o cd "Canção ao Lado".
Deixo-vos "Fado Toninho", um dos temas deste albúm:



P.s.- Dia 18 de Outubro vão estar na Aula Magna.

E cá está


Pelo quinto ano seguido, Roger Federer conquista a taça do US Open.
É, e sempre será, o maior.
Até a jogar menos bem ganha um torneio desta dimensão.
É isto que distingue.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Olha, tu queres ver

E não é que o sr. Rafael Nadal levou na boquinha e não vai à final do US Open?
Parece-me bem.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ghost Town



Estreia a 19 de Setembro nos EUA.
Tem como protagonista Ricky Gervais e como realizador David Koepp.
A história de um homem que, depois de fazer um exame no hospital, adquire a capacidade de ver pessoas mortas.
Cá deve estrear em 2016.
E, se tudo correr bem, com um título do género: "Esta cidade é muita fixolas, meu!"

Fica o trailer:

Foi quase

Parece que a Marisa se enganou nos números.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O tal do Euromilhões

Hoje foi assim:
Cinco apostas simples.
Dez apostas múltiplas.
E parece que logo à noite a Marisa Cruz me vai dizer que ganhei 114 milhões de Euros.
Por isso despeço-me já.
Tenham todos uma santa vidinha.

P.s.- Adianto já aqui 2 milhões de Euros para quem descobrir o criados das espectaculares promoções da Sic Notícias e lhe der um tiro no joelho.
Só faço pagamento mediante fotografia a comprovar o alojamento da bala.

Parabéns

Reparei agora:
Este blog fez dia vinte e seis de Agosto três anos.
Obrigado por o manterem à tona.

Sem dúvida nenhuma que...


...o Moita Flores é definitivamente o maior especialista em especialidades.
Nomeadamente todas.
E em uma ou duas que ainda não existem.
Mas por outro lado é péssimo a fazer sotaques.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A Barba e Eu

Um ano destes gostava de ter barba.
Não tem de ser uma coisa para já.
O que se passa na minha cara é que aparecem uns pêlos, é certo, mas numa disposição que não era bem aquela que se previa.
O bigode, logo para início de conversa, é absolutamente ridículo.
É o equivalente a um rascunho daquilo que seria por sua vez o rascunho de um bigode.
Depois, nas pessoas normais, o bigode seguiria com toda a sua confiança para se unir com o resto da barba.
No caso do Bruninho não.
Até porque seria uma jogada demasiado óbvia.
No caso do Bruninho descem uns pêlos que perderam a motivação a meio da prova, e depois sim, uma concentração perfeitamente aleatória de pelugem que nem sequer tem a dignidade de ligar à patilha.
E ainda um acrescento de um requinte avassaldor que é nada mais que uma pequena "mosquinha" por debaixo do lábio inferior, a conferir-me todo um ar de pateta subnutrido.
Para fim de conversa, a conscistência da barba, está ao nível de uma folha de massa folhada.
Mas massa folhada do Minipreço, não de uma superficíe mais à séria, como é o caso da Makro.
Consistência essa três vezes mais fraca do que a barba da senhora Aurora que mora aqui na rua ao lado.
Uma vergonha.
A da senhora Aurora até arrebita nas pontas do bigode.
Um dia, se Deus Nosso Senhor quiser, também eu vou ter a barbicha laroca da senhora Aurora.
Um dia.

domingo, 31 de agosto de 2008

Pensativo

Ainda estou a tentar arranjar a melhor maneira de falar sobre o facto de a Maya ser agora apresentadora de televisão.
Ela e as suas unhas espectaculares com as quais ela escama peixe.

sábado, 30 de agosto de 2008

Ténis, ainda

Sou um fã confesso do Roger Federer.
Desde a sua atitude em campo, até ao seu brilhantismo técnico.
Ainda que seja actualmente número dois do mundo (Rafael Nadal é o actual número um), continuo a achar que é dos melhores tenistas de todos os tempos.
Ou mesmo o melhor.
Este é um dos seus melhores pontos de sempre.
Impressionante.

Us Open


Comecei a jogar ténis aos sete anos.
Por uma feliz insistência do meu pai.
Ainda hoje jogo e vibro mais ao ver ténis do que qualquer outro desporto.
Daí que sinta especial orgulho em ver que, ainda que tenha perdido, o tenista Rui Machado, o português número 201 do ranking ATP, se debateu hoje num renhido jogo com Fernando Verdasco, o número 13 do mundo.
6-7, 7-6, 6-4, 6-7, 6-0 foi o resultado final, mas há que fazer justiça ao resultado e ao talento frente a um jogador muito acima do seu ranking.
Se passasse esta ronda faria história entre os tenistas portugueses, uma vez que nenhum jogador português alguma vez passou da segunda ronda do US Open.
Ainda assim foi um extraordinário esforço.
Parabéns.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Perto da morte

Já tentaram pegar numa grelha a ferver?
Eu já.
É tão divertido.

O resultado aparece em espartilhado em breves etapas, mas vale a pena recordar.
Primeiro um cheiro estranho a pêlo de porco queimado.
Depois um: "epá, espera lá que acho que peguei no sítio errado".
Depois um olhar para o dedo anelar da mão esquerda.
E depois dor.
A principio só um bocadinho, para não estragar a surpresa toda de uma vez.
Depois todo um conjunto de palavrões, em ordem aleatória, alguns dos quais a envolver partes do corpo e a própria mãe da grelha.
Depois Fenistil Gel.
Devo dizer que Fenistil Gel no dedo anelar me confere muito pouca dignidade, por muito que tentasse disfarçar.
Por fim o queixume excessivo que compete aos homens nestas tragédias à escala mundial.

P.s.- Como devem ter reparado (e repararam certamente), este texto foi escrito numa velocidade abaixo da média.
Tudo isto se deve ao facto de não querer espalhar o tal do Fenistil pelo bonito teclado.
Caso contrário tudo seria diferente.
Há inclusivé quem me chame o Usain Bolt dos teclados.
"Quem é que te chama isso Bruno, quem?"
Pronto. Tinham de vir as perguntas parvas mesmo na última linha.

sábado, 23 de agosto de 2008

Ainda há pastores?




Já tinha comprado o dvd mas ainda não tinha deitado o corpo com calma para o ver.
É um belo trabalho e acima de tudo uma bela idéia.

Aqui fica a sinopse:
Há lugares que quase não existem.

Casais de Folgosinho nem sequer é um lugar.
Não há luz eléctrica, não corre água canalizada, não há estradas. Perde-se no silêncio de um vale entre as montanhas da Serra da Estrela.
Em tempos foi um autêntico santuário de pastores...Com dezenas de famílias e milhares de cabeças de gado. Hoje, os mais velhos vão morrendo e os novos fogem da dura sina de ser pastor.
365 dias por ano.
Herminio, 27 anos, contraria o fim.
Dizem que é o pastor mais novo, mas também o mais doido.
Sozinho, rádio na mão, rasga montanhas ao som das cassetes do popular cantor Quim Barreiros, que um dia sonha conhecer.
Os sons das cassetes e do rádio puxam-no para longe de uma vida de solidão. São a união entre dois mundos diferentes.
Distantes e próximos.
Na sociedade moderna o futuro de Hermínio é inquietante.
Até quando o jovem Hermínio será pastor?
Mas...ainda há pastores?

Por fim deixo aqui os meus parabéns ao realizador Jorge Pelicano.
Sei que foi o seu primeiro trabalho, mas nada o dá a entender.
A fotografia deste documentário é soberba.
A prova de que não é preciso assim tanto dinheiro para se fazer coisas boas.
Apenas talento e vontade.

Ontem, à noite

A grande questão que se põe, é:
Será que fui só eu que reparei que ontem, no fim do Jornal da Noite da Sic, o pivôt disse:
"E agora, vamos ver algumas fotografias que os telespectadores nos enviaram".
E dito isto, somos presenteados com uma montagem bonita, acompanhada com um bela voz off, de fotografias enviadas pelos telespectadores em figuras um tanto ou quanto deprimentes durante as suas férias.

A outra grande questão que se põe é:
Estará tudo maluco?
Ou serei só eu que não acho normal que um telejornal seja um programa de entretenimento?
Se calhar sou só eu e mais ninguém, ainda assim acho que isto anda tudo um pouco baralhado.

Horas depois, na RTP2, discutia-se porque é que a Vanessa Fernandes teria "apenas" ganho a medalha de prata e não a de ouro.
Enfim.

Não liguem.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"IMP"

E cá estamos nós.
Sim, tenho estado de férias, mas ainda assim estive por Lisboa um dia para acabar de dar voz a uns belas animações que irão passar na MTV Portugal e que ao que parece lá fora já são um bonito sucesso.
Chama-se "IMP" e é a história de um diabo (IMP) que pretende ser mais assustador do que na realidade é, e de um anjo (BOB) que é o seu mordomo.
Sou extraordinário a resumir séries.
São episódios de um minuto e meio cada, mas são de um simplicidade e eficácia que me tornaram fãs.
Não sei quando estreará cá, mas quando isso acontecer eu ligo-vos a todos pessoalmente a avisar. Se não atenderem deixo mensagem. Se ainda assim não ouvirem a mensagem eu pessoa a alguém para vos ir dizer à caminha antes de adormecerem.
Entretanto aqui ficam dois episódios na versão original

P.s.- Eu serei o "BOB".


e ainda:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Praia, muita

Estou com um bronze espectacular.
Sou, neste momento, a Beyoncé portuguesa.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Uma semana

Cheguei ontem daqui:



Quando digo "daqui" digo do local onde foi tirada esta foto, e não "daqui", daqui.
Acho sempre importante explicar isto muito bem explicadinho para depois não haver confusões desagradáveis.
Parece que é Dubronvik.
Portanto, nesta altura do texto já todos percebemos que o "daqui" é Dubrovnik, na Croácia.
Peço a quem ainda não percebeu para abandonar este blog com toda a calminha para não nos chatearmos a esta hora da noite.
"Que hora Bruninho?"
Vocês e as vossas perguntas parvas.
1h54 da manhã, é essa a hora.
Agora vou continuar as minhas férias, e fazer os possíveis e os impossíveis para mexer o mínimo de músculos possíveis.
Já estou a cometer uma extravagância ao escrever este post, porque as minhas mãozinhas não estão para isto.
Despeço-me com a amizade possível, tendo em conta que não vos conheço e sinceramente também não vou fazer por isso porque desconfio que muitos de vocês tenham doenças com nomes esquisitos.
"Então e onde é que vais passar o resto das férias, meu monstro de talento cómico?"
Gostei do tom da pergunta, mas não vou responder.
Ok?
Ok.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Desafio do dia:

Tentar descobrir uma única coisa que Francisco Moita Flores não comente.
Não é coisa fácil, mas eu acredito em vocês.
E depois tentar perceber quem é que faz as promoções da Sic Notícias, amarrá-lo a um poste de electricidade e dar-lhe golpes no espaço entre os dedos dos pés com folhas de papel A4.

Por hoje é tudo, boa noite e obrigado.

E eu tudo bem

Hoje:

"Epá, este Fernando Nogueira é do caralho".

Sim.

terça-feira, 15 de julho de 2008

A época do mosquito

Hoje fui mordido por cerca de quinhentos mosquitos.
Não avanço um número mais preciso porque não estou aqui para enganar ninguém.
Se estiverem dez pessoas e o mosquito tiver de escolher, é certo e sabido que me vai picar a mim.
Pode até haver um rodízio de sangue que é só chegar e beber, que eles torcem o nariz e seguem contra a pele do Bruninho.
Eles falam muito entre eles, e sabem que tenho um sangue espectacular que vai muito bem com tudo.
Pernas, braços, costas e mãos.
Tudo.
E só não continuam porque vesti uma camisola de gola alta, um gorro, umas calças e umas pantufas feitas de extratos de repelente.
Agora sim, sinto-me protegido e com uma ou outra quebra de tensão por causa de estar a suar. Coisa que graças a Nosso Senhor não me afecta a escrita. salçkfdksçajfjksdhkjhgrekjnjksdnv xcjnvjmxcn xncvx,mm
xcvnjxcjknvjnxcjvcx
xcvmifdimnvdm,l-ç
kkkfl

Eu sou um prato.
Repararam como eu escrevi: "não me afecta a escrita" e depois desatei a disparar letras ao acaso?
É de quem tem um sentido de humor muito elaborado.
Vou só admirar-me um bocadinho ao espelho enquanto me apercebo que se fosse mosquito também me picava a mim, tal é o ser humano formidável que eu represento.
Ai Bruno Bruno.

Esta foi ainda a semana em que Carlos Castro, numa crónica, escreveu o seguinte:
"A propósito."
É de classe.
Começar uma frase com "A propósito" e fechar logo com um ponto final é de quem tem uma auto-confiança acima da média.
Qualquer pessoa menos habilitada escreveria "a propósito" seguido de uma vírgula.
Não este menino.
Este menino fecha logo ali para nem sequer haver espaço para palhaçadas.
E só não começou logo com um ponto final porque se baralhou com o teclado.
A propósito.
Vou ver um filme.
.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"Escafandro e a Borboleta"



Tem de ser visto.
Foi dos últimos filmes que vi e que já estava em fila de espera há algum tempo.
A história verídica de um produtor de moda da ELLE francesa que sofre um AVC e desde então apenas consegue mover um olho.
Aprende, juntamente com as enfermeiras, a comunicar através desse olho.
E com isso escreve um livro.
Isto são só os traços gerais. A realização e os actores fazem o resto.
Vejam.

Outro grande filme que vi ontem:
"Savages"

E agora?
Agora é simples: Banhinho e depois vou jogar ténis com o sr. Gonçalo Waddington que diz que sabe jogar umas coisas.
É que hoje está calor.
E é coisa para se aproveitar.

sábado, 12 de julho de 2008

Sol ou não Sol

Era verão.
Foi o que li em todo o lado.
Mas já não é o mesmo verão que eu mesmo cheguei a conhecer.
Este agora tem mais que fazer e fica uns dois três dias seguidos no máximo.
Depois fecha o casaco e vai à sua vida, que em nada se cruza com a nossa.
No meio do autocarro de núvens ainda percebo que ele está lá em cima, sem saber bem para onde ir.
E eu cá em baixo, sem saber se a manga curta dá conta do recado ou se um casaco nunca será demais.

Enquanto decido e não decido, deixo-vos o que se ouve por aqui:



Vampire Weekend
"A-Punk"

sábado, 28 de junho de 2008

Vacinas e coisas

Amanhã, pelas 23h, partirei para a África do Sul.
Irei fazer um documentário para a RTP1.
Depois darei mais novidades.
Para já: quatro vacinas no braço, e uma no estômago (Malária).
Tenho o tipo de constituição física que se vai abaixo só com esta medicação.
É o que se arranja.
João Quadros dizia-me: "E cuidado, que com os mosquitos no "um para um" perdes de certeza".
O cabrão.
Para já oiço o novo projecto do Manuel Cruz, quanto a mim dos melhores compositores portugueses.
Ex líder dos Ornatos Violeta, que agora lançou o belíssimo "Foge Foge Bandido", numa edição de 1100 exemplares, que como era de esperar, já voou.
Para os outros 9 milhões e novecentos que queriam ouvir, aqui fica a bonita página que desvenda um pouco do álbum.
Agora faço malas.
E vou assistir ao "Como Fazer Coisas Com as Palavras" do RAP.
Até já, se a Malária assim o quiser.

domingo, 15 de junho de 2008

Lykke Li "dance dance dance"

O que se ouve por estes lados:

domingo, 1 de junho de 2008

Serviço de apoio

Numa altura que volto a ter problemas com o mundo da internet, da televisão por cabo e tudo o mais, volto (não sei porquê) a lembrar-me deste vídeo:

Amy...coiso

Amy Winehouse no Rock In Rio foi...
Ora bem.
Como é que se explica assim em poucas palavras.
Imaginem um desastre na A1 entre um autocarro com uma excursão de idosos e um Fiat Punto de um emigrante na Suíça.
O emigrante ia devagar, mas o autocarro ia a uns bons 160 km/h.
Perto de Aveiras o condutor do autocarro espirra e sem querer atira-se para cima do Fiat Punto (encarnado)e vai a capotar com os velhinhos lá dentro e o emigrante no seu Punto também às cabeçadas na manete das mudanças no volante e na nossa senhora de Fátima colada no tablier.
Coisa feia, vê-se algum sangue.
Se nós passarmos por lá, ainda que sendo um cenário horrível, de certeza que há quem abrande para tentar ver uma coisa que depois se vai arrepender e dizer:
"Epá, mais valia não ter visto nada. Agora vou sonhar com isto"
Pois bem.
Foi assim, todo o santo concerto.
Todo.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Árvore das Patacas"


Sou um grande fã da "Árvore das Patacas", no programa "Fátima".
É um grande momento de televisão em qualquer parte do mundo.
Vou ao rubro quando é o Pato Donaltim a apresentar.
Com o José Freixo, que é provavelmente o pior ventríloquo da história da humanidade.
Ventríloquo- (Do lat ventriloquus)- Que modifica a voz, abafando-a à saída da laringe, de forma que pareça vinda do ventre, sem que nenhum movimento labial seja visível.
Nada disto acontece.
Nada.
É posto em causa todo um conceito de ventriloquismo que tinha sido criado há anos e anos.
José Freixo está cá para as curvas e também para provar que o ventriloquismo é o que um homem quiser.
Se um homem quiser mexer a boca ainda mais que o pato, esse homem pode.
É só querer.
Hoje, aos espectadores que ligassem para a "Árvore das Patacas" ofereciam ainda um livro do António Calvário como prenda de participação.
Portanto é tudo o que há de bom em apenas cinco minutos de televisão:
-Fátima Lopes
-Pato Donaltim
-Árvore das Patacas
-António Calvário
-Conceito inovador de ventriloquismo

E tudo isto sem pagar nada.
Bem sei que o preço dos combustíveis tem subido.
Bem sei que a china tem terramotos.
Mas nós temos o "Fátima", e isso ninguém nos tira.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Km...?

Ora daqui a Paredes de Coura são quantos dias de viagem?
É que parece que tenho de lá estar amanhã para fazer os Monty Pythons.
Mas antes ainda tenho de ir editar o episódio de domingo dos "Contemporâneos".
Oh Bruno, é um bom episódio?
Não me façam essa pergunta porque eu sou parcial.
Que mania, a vossa.

Acabei agora de ler "De Profundis, Valsa Lenta" de José Cardoso Pires.
Um relato impressionante.
E a constatação que aconteça o que acontecer um bom livro leva-nos sempre para onde ele quer.
Um mau empurra-nos.
Até lá.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O som.

A melhor coisa que eu alguma vez ouvi no mundo da música.
Prestem atenção.
Convosco Júlio Miguel e Lêninha com o tema: "O Filho Do Recluso":

sábado, 10 de maio de 2008

Beirut "Elephant Gun"

Da música ao videoclip, faz-me sentir bem.
Só porque sim.
E chega:

in Público

Jorge Mourinha, crítico no jornal Público, tece uma critíca muito elogiosa aos "Contemporâneos", o que me deixa, honestamente, muito feliz. Até descer umas linhas e ler ainda do mesmo senhor esta frase::
"Nuno Lopes fez um extraordinário Ricardo Araújo Pereira no sketch do Festival da Canção".
Isto está, de facto, tudo doido.
E o pior é que isto é grave, mas ninguém nunca dirá nada para repôr a legalidade.
Há uma estranha mania de ter a sede de comparar sempre as coisas boas. Só pode haver uma coisa boa ao mesmo tempo, e a que vier a seguir será sempre comparada, sempre.
Chama-se a isto "Portugal dos Pequeninos".
Eu, por exemplo, gosto de várias bandas ao mesmo tempo. Mesmo que sejam todas de jazz. E dificilmente vou comparar uma com a outra. Ouço e pronto, é para isso que a música serve. Na comédia não, na comédia a coisa estranhamente pia de maneira diferente..
Gosto muito do trabalho do Ricardo, já tive inclusivé oportunidade de lhe dizer isso, e isto nada tem a ver com ele.
Um "opinion maker" de um jornal supostamente conceituado, dizer que um actor que já fez centenas de coisas como o Nuno Lopes, inclusivé o tipo de personagem que fez no sketch do Festival da Canção, está a fazer um "extraordinário RAP" é de uma ignorância sem limites.
O senhor Jorge Mourinha deveria de ir procurar saber o que cada actor fez antes, e depois sim, poder dizer quem começou o quê no "mundo das personagens".
É que chegar ao mundo dos criticos de televisão e não saber o que se passou no passado é de quem provavelmente está na profissão errada.
Aconselho-o portanto a ir rever o "Programa da Maria", o "Herman Sic" e alguns espectáculos da Cornucópia. E depois sim, perceber o que o Nuno já fez.
Tente isso, vai ver que depois fará um extraordinário Eduardo Cintra Torres.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O desconforto

Das coisas que mais me orgulhei de escrever até hoje.
Grande "performance" de todo o elenco, e acima de tudo a inteligência de todos me deixarem tocar em temas sensíveis.
Amanhã falarei mais sobre o programa, para já posso dizer que estou muito feliz e acho que ainda pode melhorar muito.

Aqui fica:

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Estreia este Domingo, às 21h30 na RTP1

"Os Contemporâneos".
Agora sim, é certo.
Estreia já neste Domingo, dia 4 de Maio, depois das Escolhas do Professor Marcelo.
Estive ontem até às 4h da manhã na edição do programa e estou muito satisfeito com o que vi, e estou certo que fizemos todos os nosso melhor.
Estou muito orgulhoso, o grupo é talentosissímo, e a liberdade para todos contribuirem faz disto um projecto com vários estilos misturados.
Acima de tudo os actores têm todos uma disponibilidade para gozarem com eles próprios que enriquece tremendamente o projecto. E percebi isso quando escrevi um dos textos do programa onde num sketch eu me reúno com o elenco e ponho todos em causa. Eles não só concordaram gravar como estava, como ainda acrescentaram mais.
Dos actores, à produção, passando pela realização e pelos argumentistas, tudo está na mesma onda e assim é tão mais fácil trabalhar.
Não sei bem o que é, não sei bem o que vai ser, mas sei que estreia este domingo, às 21h30 na RTP1.

terça-feira, 22 de abril de 2008

"Os Contemporâneos"

De maneiras que para já existem os sketches de promoção.
Amanhã às 11h da manhã será feita a conferência de imprensa para a apresentação oficial deste projecto que agora ganhou nome: "Os Contemporâneos".
As gravações à séria começam ainda amanhã, da parte da tarde.
Algum nervosismo de ver no que isto tudo vai dar.
Mas a certeza de que é uma equipa fantástica desde os actores, aos argumentistas, à realização, etc.
O resto só vocês podem dizer.
A ver vamos, depois falamos melhor que ainda tenho uns textinhos para escrever.
Até lá.

P.s.- Hoje, em conversa com o Ricardo Araújo Pereira, chegámos à conclusão que para a cabeça da imprensa nacional só faz sentido que: grupos de humoristas que trabalham em canais diferentes tenham uma guerra aberta.
Parece que vende mais do que: grupos de humoristas que trabalham em canais diferentes que se dão bem.
Alguns "jornais" já começaram essa guerra sozinhos.
Nós os dois preferimos ficar de fora a contar feridos.


sábado, 19 de abril de 2008

Falta de sono

Já chove há 590 dias.
Não sei se chega.
E o vento também está espectacular. Ontem fui à rua em Alvalade e acabei em Portalegre.
O bom disto é que se poupa um dinheirão em portagens.
Amanhã vou-me por de bracinhos abertos no meio de Portalegre a ver se aterro em Badajoz para comprar uns caramelos com pinhões.
É um conceito muito bom.
Não chegava haver caramelos e pinhões.
Tinha de haver um espertinho que perdeu 4 anos da vida dele a pensar como é que um gajo conseguia comer as duas coisas ao mesmo tempo sem ter estar sempre a ir ao pires dos pinhões e depois a embrulhar papelinhos dos caramelos.
Por hoje é só isto.
Amanhã parece que se prevê chuva.
É estranho, porque o granizo que me abriu o sobrolho há bocado indicava o contrário.
Durmam bem.

terça-feira, 15 de abril de 2008

RTP

Arrancou ontem.

terça-feira, 1 de abril de 2008

RTP

Daqui a poucos dias haverá mais novidades.
Para já o certo é que a RTP me convidou a mim e às Produções Fictícias para dar vida a um novo formato de televisão.
Depois de muitas conversas chegámos àquele que julgamos ser um formato vencedor.
Escolhemos depois os actores dos quais constam a Maria Rueff e o Nuno Lopes, porque só fazia sentido fazer este programa com os melhores.
Ainda há outros nomes a serem fechados, mas enquanto não estiverem definidos não os podemos nem devemos adiantar.
A equipa de argumentistas, dos quais fazem parte o João Quadros e o Nuno Markl entre outros é também uma vitória.
Nem podia ser com outras pessoas.
Assim que tiver mais novidades prometo deixá-las aqui.
Até lá.

segunda-feira, 31 de março de 2008

"Green Grass Of Tunnel"

Chamam-se Múm e são Islandeses.
Ouço-os há muito tempo, e conheci-os pela mão desta música, que ainda hoje acho linda.
Ouçam que faz bem.

terça-feira, 25 de março de 2008

Para o ano há mais

O português transfigura-se quando sabe que vai para o Algarve.
Há vários sítios em Portugal, lindos por sinal, para passar as férias da Páscoa.
Mas o Algarve toca fundo no coração do português.
Tudo começa na viagem.
Como assim?
Calminha.
O peso do carro.
Percebemos que uma família vai para o Algarve quando o carro está com mais duzentos quilos do que devia, com o pára-choques traseiro a fazer faísca na estrada, uma fralda pendurada na janela de trás para o menino coitadinho não apanhar sol, e com um pack de 24 rolos de papel higiénico a tapar o vidro de trás da viatura, para facilitar o acidente.
Porque toda a gente sabe que o papel higiénico está a acabar no Algarve.
Isso e a navalheira.
São duas coisas que estão no fim dos fins.
Se a mesma viatura tiver um triângulo a dizer "Criança a Bordo" da Milupa, com o Vitinho todo jeitoso, então nesse caso não se pode pedir muito mais a Deus.
Deus, ao enviar-nos para a estrada ao mesmo tempo que esse carro já nos deu tudo o que tinha a dar.

Chegam então ao destino.
O pára-choques de trás ratado e o condutor com um boné de uma gasolineira qualquer (mutação que se faz sentir a meio caminho, para os lados do Alentejo).
Pousam no hotel toda a mobília do T2 que veio na bagageira.
E saem as pessoas em números que desafiam a lotação do carro.
Começa o fenómeno: Manadas e manadas de portugueses a correrem para a praia, como se a areia fosse acabar amanhã.
A reacção normal seria: "Vamos ficar no quarto que está chuva e frio"
Bem sei, mas isso é secundário.
Se os convidassem para ir para a praia da costa da caparica num dia de inverno achariam ridículo.
Mas no Algarve já é outra coisa.
É classe.
Dois fenómenos claramente portugueses: ir para os centros comerciais com sol e para a praia com chuva.
Há, no entanto, uma peça fundamental que se repete nestes dois acontecimentos:
O fato de treino.
Vão de fato de treino ABIBAS ou REEBOKA para o Colombo porque nunca se sabe se não vai estar lá a Vanessa Fernandes a fazer um triatlo entre a Zara, a Massimo Duti e a Fnac.
E vão de fato de treino para a praia porque os calções estão fora de questão, a não ser que queiram perder as duas perninhas com o gelo.
Chegam.
Sentam-se em cadeiras de praia a ler o Correio da Manhã e a comer sandes de borrego que levam numa geladeira.
Os mais tímidos ficam a ler a Bola dentro do carro enquanto a esposa dorme no lugar do pendura.
Voltam a casa com os carros mais leves e com o profundo sentido de dever cumprido.

Para o ano há mais.

"Salute!"


Como nunca consigo ver as séries nos horários que decidem transmitir na televisão, acabo quase sempre por as comprar mais tarde.
É um vício como outro qualquer.
A caixa dos Sopranos já a ando a ver há cerca de um mês, com calma para durar mais e também porque a tournée me tem levado para fora de casa.
Mas ontem, consegui um novo record pessoal:
Seis horas seguidas a ver a melhor série de sempre.
Comecei às 22h, acabei às 4h.
No fim só me apetecia pertencer à máfia e matar pessoas.
Vou só tirar o corpo da minha empregada ali da cozinha.

terça-feira, 18 de março de 2008

"Autografia - Um retrato de Mário Cesariny"


Se tiverem tempo vejam.
Se não tiverem, arranjem.
Ganhou o prémio de melhor documentário português no DocLISBOA 2004.
Um trabalho genial do Miguel Gonçalves Mendes.
Uma conversa com o surrealista Mário Cesariny sobre a vida, morte, sexo, amor, e o etc.
Obrigatório.

"Fomos sempre lunáticos...lunáticos do passado e lunáticos do futuro.
Não há nenhum país que esteja quatrocentos anos à espera que um rei reapareça. Não existe! E depois aparece um borra-botas: É ele! Trezentos anos depois!
Isto é fantástico, isto é bonito até. Um povo menino, um povo criança, não é? Mas depois não dá para ser país. Como a Alemanha. Não dá. E querem que sejamos, querem-nos... a CEE quer isso, que sejamos... que cresçamos."

sábado, 15 de março de 2008

"Badjoras Power"


Foi uma prendinha que uns fãs dedicados que criaram este blog me deram no fim do espectáculo da Guarda.
As melhores prendas são muitas vezes as simples.
Um pin, do tempo em que a expressão "badjoras" nasceu.
Muito obrigado.
E agora vou só ali num instantinho a Beja fazer espectáculo.
Até lá.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Citação

"O que me atrai nos brincos não é as mulheres terem-nos, é o momento em que os prendem na orelha, de queixo esticado e olhos vazios. A mesma expressão, aliás, ao procurarem as chaves na carteira. Parece que se ausentam. Depois voltam a estar ali ao rodarem a fechadura."

António Lobo Antunes.

quarta-feira, 5 de março de 2008

AT&T e Scorcese

Anúncio da AT&T, uma operadora de telemóveis americana.
Com a participação de Martin Scorcese.
Muito bom.

terça-feira, 4 de março de 2008

a falta de lei da vida

De tudo o que me faz pensar, há uma coisa que me atropela a cabeça.
A idade.
Não a minha, a deles.
Há qualquer coisa que rasga.
Choram-me as estatísticas que eu estarei cá quando os meus pais não estiverem.
Muito nublado, bem sei.
Mas real.
Posso tê-los agora, e abraçá-los com a carne que me deram, mas...e depois?
Vejo-lhes os anos na pele e a pele dá-me saudades.
Saudades do que não vou ter.
É a lei da vida, e todas as frases feitas que pregarem nas paredes.
Mas a saúde teima em ir à sua vida cedo demais.
Não a deles, a das estatísticas.
Hoje tenho-os ali.
Visto daqui, dos meus olhos, não envelheceram.
Foram emprestando um ou outro ano aos ossos.
Quero o meu pai a ficar envergonhado quando diz "gosto muito de ti filho" e a minha mãe com gotas de amor a marcar passo nos olhos quando diz "gosto muito de ti filho, nunca te esqueças disso"
Nunca te esqueças disso.
E depois, o que fica?
As memórias não são de carne, são de lágrimas.
E essas custam mais a abraçar.
Há qualquer coisa que rasga, eu bem disse.
Sei que estão na casa dos sessentas.
Mais precisão do que essa acelera-me o sangue.
"São novos".
E porque é que não ficam sempre assim?
Atrasem o relógio quarenta anos, vá lá.
Só desta vez, ninguém vai dizer nada à terra.
Apetece deixar cair uma pedra na roda dentada e parar tudo.
A assobiar, para não ter de prestar contas.
A palavra filho é patente deles.
Quando a dizem há uma manta que protege o coração até cima.
Depois da estatística fica só o coração e a manta enrolada aos pés.
Podemos sempre puxá-la, mas nunca mais vai tapar tudo.
E não, nunca me esqueço disso.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Sim, mais.

Depois de ver o Coliseu do Porto completamente cheio e com cerca de 3000 pessoas a aplaudir, faltam-me as palavras para agradecer à cidade nortenha que encaixa tão bem naquilo que de melhor temos.
É impressionante, e mesmo que não volte a acontecer, essas noites já ninguém me tira.
Mas a tournée segue.
E segue assim:

Sexta Feira: Guarda.
Sábado e Domingo: Estarreja.

Até lá!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

"Maria Rita"

Hoje, numa freguesia chamada Romeu, no concelho de Mirandela, fui a um restaurante como há muito tempo não ia.
Tinhamos espectáculo em Bragança e o Zé Pedro Gomes disse que havia um sítio óptimo para almoçar.
Acreditámos.
Também não sou gajo para saber de muitos restaurantes em Mirandela.
Chama-se "Maria Rita" e era uma antiga estalagem que mais do que um restaurante faz lembrar um antigo solar de família.
A lareira à entrada a receber-nos, e depois o prato principal, que me derrubou em três tempos:
Açorda de espargos bravos.
Carne de aves e de porco desfiada, com espargos bravos, coberto com pão, azeite, e levado ao forno.
Para terminar um leite creme queimado e um café.
Saí de lá a rebolar.
Se estiverem por perto, não deixem de ir.
Já há poucos espaços assim.
Acreditem.
Tudo isto se passou aqui:

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Tournée (sim, ainda)

Tantas coisas para vos dizer e no fundo tão poucas.
Ora, o que se vai passar é basicamente o seguinte:
Nesta sexta-feira estarei no programa do senhor Malato "Sexta À Noite" juntamente com todo o elenco dos Monty Pythons.
Depois parto para continuar a tournée, que nos próximos dias será assim:
No domingo dia 17 estaremos em Bragança.
Depois vamos para o Porto onde ficaremos de terça-feira dia 19 até sábado dia 23.
Onde?
No Coliseu do Porto. Aquela tasca pequenina de 3000 lugares.
Comprem com antecedência. Se quiserem ir, claro.
Senão fiquem sossegadinhos a ver o Quimbé no "Quando O Telefone Toca".

É bom voltar ao Porto.
As pessoas do norte sabem receber como ninguém.
Sabem receber sem pedir nada em troca.
E isso vale muito.
Até lá.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

"A Floresta" de Aleksandr Ostróvski


Márcia Breia estrondosa.
João Pedro Vaz muito bem.
António Fonseca uma grande surpresa, um papel bom de ver do princípio ao fim.
Três horas e meia.
Passam bem, mas é preciso gostar.
Teatro Cornucópia, até 17/02/2008.

Foi ou não foi um post virado ao intelectual?
Foi pois.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

31-01-1982

e vão 26.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Favaios-Alijó-Castedo

Já tinha visto o "Tal Canal".
Já tinha visto o "Herman Enciclopédia"
Vejo muita comédia ingelsa e alguma norte americana.
Mas isto é sem dúvida das melhores coisas que já vi:



quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Passo a passo

Acabar a peça.
Caminhar até ao camarim numa troca de "hoje não correu assim tão bem".
Tirar o microfone.
Cair na cadeira e deixar que os nervos percebam que podem ir para dentro.
Vestir a roupa.
Entrar no carro.
Sintonizar a Marginal.
Ir devagar, a descomprimir por hora.
Chegar a casa.
O cheiro de uma casa não se compra em lado nenhum.
Vai-se fazendo.
As casas que não tem cheiro não são casas.
São relógios à espera de ponteiros.
Deitar as chaves e a carteira em cima da mesa.
Agasalhar as costas da cadeira com o casaco.
E saber que por hoje o mundo pode acabar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Air - "Playground Love"

A música de hoje.
Só porque sim.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Luiz Pacheco



"Tá morto".
Aquilo que queria que fosse o seu epitáfio.
Um escritor provocador que nos deixa aos 82 dois anos.
Fica a obra.
A destacar "A Comunidade".
Leiam, que só depois da morte se reconhece a vida.

” Quando a dor no peito me oprime, corre o ombro, o braço esquerdo, surge nas costas, tumifica a carótida e dá-lhe um calor que não gosto; quando a respiração se acelera em busca duma lufada que a renasça, o medo da morte afinal se escancara (medo-mor, tamanha injustiça, torpeza infinita), aperto a mão da Irene, a sua mão débil e branca. Quero acordá-la. E digo : «não me deixes morrer, não deixes…» Penso para comigo, repito para me convencer: «esta pequena mão, âncora de carne em vida, estas amarras suas veias artérias palpitantes, este peso dum corpo e este calor, não me deixarão partir ainda…» E aperto-lhe a mão com força, e acabo às vezes por adormecer assim, quase confiante, agarrado à sua vida. Ah, são as mulheres que nos prendem à terra, a velha terra-mãe, eu sei, eu sei ! São elas que nos salvam do silêncio implacável, do esquecimento definitivo, elas que nos transportam ao futuro, à imortalidade na espécie (nem teremos outra) pelo fruto bendito do seu ventre (eu sei, eu sei…) ”

Excerto de ” Comunidade “, de Luiz Pacheco.

Número cem

Eis uma data a assinalar.
Ontem, depois de três meses e meio em cena, "Os Melhores Sketches Dos Monty Python" comemoraram os 100 espectáculos.
É muito espectáculo.
Sempre de sala cheia, e sempre sala cheia.
Uma média de 65.000 espectadores.
A todos eles, um muito obrigado.
A peça termina em Lisboa no fim deste mês e depois começa uma vasta digressão.
A primeira data será já no dia 1 e 2 de fevereiro no CAE, Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
Lá vos esperamos.
E agora vou só ali experimentar uma coisa que trouxe de Amsterdão.
Acho que são oregãos.
Aquele oregão mais forte.
Um beijinho no mamilo do Dom Duarte e um abraço para todos e todas.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Amsterdão

Amsterdão: Uma cidade muito à frente no seu tempo.
Agora tenho de ir para o teatro, mas não tarda muito venho aqui falar de tudo com mais calma.
E já agora, um bom 2008.
Um simpático 2008, vá.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Fim do dia

Aconteça o que acontecer, não há nada que um abraço com a força de 3 anos não resolva.
"Bruno, hoje podemos dormir de olhos abertos?"
Podemos...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Pensamento e meio

Ontem, ao ver a RTP1, percebi que se a Vanessa Fernande se esforçar muito consegue síntonizar a Mega Fm no aparelho dos dentes.
Dá um jeitão no triatlo.
Isso e um carro.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nokia N95


Ontem, vejo o meu pai com um telemóvel novo e arrisco perguntar:
"Tão giro este telemóvel, precisas dele para alguma coisa em especial?"
Resposta: "Preciso filho, para ver os mails".
Não estava preparado.
Confesso que até fiquei uns segundos suspenso na cara do meu pai a pensar se não teria entrado no carro de outro senhor por engano.
Um senhor extremamente parecido com o meu pai, mas ainda assim outro senhor.
Mas não, confirmava-se.
O meu pai adquiriu este bébé, o Nokia N95.
E verdade seja dita, é um telemóvel do caraças.

Ui.

E uma dor de costas que me apanha o pescoço?
Bem sei, o mesmo que os avós dizem.
Com a diferença que eu tenho 25 anos e o massagista me disse:
"em 20 anos de trabalho nunca vi umas costas neste estado".
Confesso que de certa forma fiquei orgulhoso.
Para ser igual às outras não valia a pena.
E agora um emplastro Leão e Reumon Gel.
Maravilha.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Mr Terry Jones


Ainda custa a acreditar, e é no fundo um bocado surreal, mas: O Sr Terry Jones esteve ontem a assistir ao nosso espectáculo no Casino Lisboa.
Terry Jones, o lendário membro dos Monty Python´s, que está em Portugal a propósito de uma peça que se chama "Evil Machines", um musical que envolve electrodomésticos e que promete ser do caraças.
Mas voltando ao assunto.
No fim, Terry Jones, não só subiu ao palco, como depois foi para o camarim connosco.
Surpreende pela simplicidade, tão perto de mim e ao mesmo tempo um dos homens que mudou para sempre o rumo da comédia mundial.
Ali, a dizer-nos "gostei muito, parabéns!"
Depois descemos do camarim, e ele paga-nos uma cerveja no Lounge do Casino.
Outro momento surreal, de tão simples.
Seguimos depois para um jantar que tinha sido organizado onde ficámos a noite toda à conversa.
Nada de especial, e daí a grandiosidade e o fascínio de tudo aquilo.
Apenas uma pessoa normal, que provavelmente nem se apercebe bem daquilo que significa para todos os que estavam sentados naquela mesa.
No fim, o convite para irmos assistir a um ensaio do seu musical.
E assim foi.
Em breve, mais fotos.
Que dia!

domingo, 25 de novembro de 2007

Meio pensamento


Será que fui só eu que reparei que o Paulo Gonzo tem a direcção desalinhada?
Era cinco minutos na Pneuvita e aquilo ficava uma categoria.
Teimosias.

sábado, 24 de novembro de 2007

Ementa

Ao almoço favas.
Ao jantar cozido à portuguesa.
Prevê-se um final assustador.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Gente Diferente




Por estes dias tenho visto um documentário que merece ser partilhado.
Já o tinha espreitado quando passou na RTP, mas apanhava sempre a meio.
Chama-se "Portugal, um retrato social" e é um excelente trabalho do sociólogo António Barreto, juntamente com a realizadora Joana Pontes.
Gira tudo em volta de um tema aparentemente simples: Quem somos, quantos somos, e como vivemos.
O antes e o agora de um país que parece ter evoluído em sentidos diferentes.
"Hoje em dia vive-se mais, mas nem por isso se vive melhor".
Todas as segundas com o jornal Público.
A não perder.

E agora mais um toro de lenha, para aquecer os olhos.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Adenda a um outro post

Depois de vários mails, aqui vai uma coisa que me esqueci de referir.
Quantos às minhas crónicas da TSF, de seu nome "Tubo De Ensaio", para quem não consegue ouvir na rádio pode sempre ir a www.tsf.pt e na secção de "Programas e Entrevistas" procurar "Tubo De Ensaio".
Lá estão todas as crónicas, não só a do próprio dia, como também as antigas.
Até lá.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Arte Lisboa

Ontem, na Feira de Arte de Lisboa percebi duas coisas.
Que há arte, e que há pessoas com dinheiro para comprar telas e tintas, e que tem demasiado tempo livre.
Enfim, artistas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Tudo, num vídeo

O cheiro da casa da minha mãe.
E a minha mãe a cantarolar um música de outros tempos.
O copo de leite quente, com um bocadinho de mel.
Era deixado na mesa da sala de jantar.
Custava-me o mundo beber aquele copo de leite.
Tinha o tamanho de dois adultos.
"Filho, vá, prá cama".
Depois deitava-me, e ficava a ouvir os passos dos meus pais, de um lado para o outro.
Interruptores a ligar e desligar.
A roupa da cama era um escudo do tamanho do mundo.
A minha mãe a contar ao meu pai como tinha sido o filme do dia anterior.
O meu pai a dizer que sim.
Depois apagavam-se as luzes.
Veio-me tudo à memória, com este vídeo que me deitou durante uns bons anos.

Que saudades.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

PS3

Não aguentei.
É o grande problema da Fnac. Entramos para comprar um cd e saímos com uma Playstation3.
Mas caraças, é linda.
E claro que tive de largar mais uns 69 euros para trazer o Pro Evolution Soccer 2008.
Outra categoria.
E mais um comando, que a PS3 só traz um.
Digamos que ia gastar cerca de 20 euros e acabei com uma estalada de 495 euros.
Tá ela por ela.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Incorrigíveis #6

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Planos para hoje

Sushi.
Era só isso que eu hoje queria.
Uma cerveja fresca.
Um sofá.
Uma boa série (provavelmente a quarta série do "Sete Palmos de Terra")
Uma manta mais ao fim da noite.
E era só.
Nem é assim um pedido muito extravagante.
Mas não vai acontecer.
Enfim.
Vou comer uns filetes de pescada com arroz de grelos que também é bem bom!
Os japoneses adoram.
Isso e sashimi.
Passam-se.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"Incorrigíveis" do Sapo

Todas as semanas um vídeo diferente.
O meu vídeo desta semana foi mais ou menos assim.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"5 razões para não usar o preservativo"

O convite foi-me feito.
No guião lia-se: "5 razões para não usar o preservativo".
O objectivo era colocar-me enquanto doente terminal, numa cama de hospital.
Confesso que a príncipio tive medo de aceitar, por achar que seria pouco credível e que a maquilhagem poderia ficar falsa.
Depois li o argumento e fiquei rendido.
O resultado final é este.
Não podia ter gostado mais.
O argumento, realização e produção, cabem à "Monomito".
Aqui fica.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Directo de Pyongyang

Vai parecer tendencioso.
E se calhar até é.
Mas vai na volta e o blog é meu.
Adorei este sketch do Hora H, eu e mais os 5 padeiros que estão acordados à hora do programa.
Um grande trabalho da Maria Rueff (repararam no distanciamento que dei à coisa, usando o primeiro e último nome da actriz em questão?)
Um orgulho.
Aqui fica.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

"Tubo de ensaio", na rádio TSF


Começou hoje um projecto que para mim é uma estréia absoluta.
Chama-se "Tubo de Ensaio" e são crónicas diárias de três a quatro minutos na rádio TSF.
Os textos são meus e do João Quadros e podem ser ouvidos todos os dias às 9h20, 16h45 e 18h20.
Existe também um compacto semanal aos domingos às 12h45.
Está a ser uma bela experiência até porque não tenho de tomar banho todos os dias.
É no fundo a grande vantagem da rádio.
Assim de repente não estou a ver mais nenhuma.
Espero que gostem, todos os dias em 89.5 FM, Rádio TSF.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Ainda me custa a acreditar


E cá estou, ainda acordado.
Mas para comunicar uma bela notícia. Pelo menos para mim, e para quem é fã de Dave Matthews.
Dia 25 de Maio a Dave Matthews Band esteve em Portugal, mais precisamento no Pavilhão Atlântico para aquilo que foi dos melhores concertos que vi até hoje (sendo muito tendencioso)
Melhor que isso só a notícia que li agora: a banda vai editar em cd o concerto do Pavilhão Atlântico.
Já fiz a minha pré-reserva.
Agora sim, vou dormir em paz!

A dar voltas

Parece que me tem andado a doer um dente.
Parece que fui ao dentista.
Parece que a conta que paguei no fim era o preço equivalente a um Fiat Punto dos novos, mas sem extras.
Mas o que é certo é que ao menos paguei mas ainda me dói o dente.
Já estou um bocado farto da trivialidade de se ir a um dentista e de se sair de lá sem dores.
Homem que é valente vai ao dentista, leva com uma agulha na gengiva, uma broca ou outra, e sai de lá a babar-se mas com uma pose digna.
E assim foi.
Agora a dor está-me a apanhar também o ouvido. O que me parece uma coisa espectacular visto que eu fui lá para tratar um dente.
Enfim, modernidades.
Agora estou a antibiótico.
Mas daqueles que cada comprimido parece que é um biqueiro no estômago com botas de cimento.
E uma vez ou outra um Clonix, que também é coisa fraca.
Visto que é de oito em oito horas, também deve ser fácil de perceber que neste momento estou a encher alheiras de mirandela para ver se chega as quatro da manhã.
Outra coisa inteligente foi ter começado a tomar o antibiótico de maneira a que uma das doses tenha que ser tomada às quatro da manhã.
Mas entenda-se que no 9º ano escolhi letras, portanto não tive Matemática mas sim Métodos Quantitativos, o que explica parte do problema.
Amanhã tenho outra consulta de dentista mas vou-me queixar dos joanetes, só para os baralhar e ver se a coisa resulta.
E prá semana a ver se passo no otorrino para me queixar de uma pontada que tenho aqui na anca.
Merda, ainda são duas e um quarto.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Já está

Está feito.
Depois de muitos risos, nervos, gritos, suor, está feito.
Já está estreada, e agora seja o que o público quiser.
O público de estreia é sempre complicado. Em conversa com o Miguel Guilherme no jantar que sucedeu a peça, dizíamos que o público de estreia ri de coisas, e em alturas, totalmente diferentes do resto do público.
Talvez por nos conhecerem melhor, ou simplesmente porque acham graça a outras coisas que muitas vezes nos escapam.
Foi um "parto" complicado. Principalmente porque o resto dos actores já não tem de provar nada a ninguém.
Nós, os eternos "putos", temos sempre.
Todas as noites de peça vamos a exame.
No fim, quando o António (Feio) chamou ao palco todas as pessoas que ajudaram a criar este projecto é que percebemos (passo o cliché) que isto só é possível com a ajuda de muitas pessoas, que estão nos bastidores e que fazem com que tudo aconteça.
O ritmo a que trocamos de roupa, por exemplo, só é possível com a ajuda de uma assistente atrás do palco, caso contrário entraríamos no sketch a seguir em cuecas. (Sem exagero).
Por isso, aqui fica o meu muito obrigado a toda a equipa, e a todo o elenco.
E a vocês, que lá hão-de aparecer.
E agora, pela primeira vez em um mês e meio tenho um dia inteiro para "anhar".
Ah, essa doce arte de "anhar".

terça-feira, 18 de setembro de 2007

"Wolf At The Door"

A música que me acompanha hoje.
Juntamente com um grande videoclip.
Ai.


"Incorrigíveis"

A partir de amanhã, às 8h da manhã, passo a fazer parte de um novo projecto, para o qual fui convidado e aceitei de imediato:
os "Incorrigíveis", um projecto da PFTV (Produções Fictícias) e da Sapo.
Serão vídeos semanais sobre a actualidade, sempre em formato "caseiro".
Todas as terças feiras terei um vídeo novo aqui.
Juntamente comigo estará o Ricardo Araújo Pereira (às segundas), José Diogo Quintela (às quartas) e o Herman (às quintas).
Passem por lá.

(eu não disse que não conseguia dormir já? Eu avisei)

In the end, it all comes down to this

Amanhã, 22h, Auditório dos Oceanos, Casino Lisboa.
Estreia dos "Monty Python´s".
Não tou com grande imaginação para escrever.
Os nervos dão-me estalos na concentração.
Não me apetece comer.
Estou cansado mas não me apetece dormir.
Se me deitar vou dar todas as voltas que conseguir.
Vou até à cozinha. Abro o frigorifico, e fecho-o.
Tenho este velho hábito sempre que entro na cozinha.
Em cada dez vezes que o abro só duas é que foram para tirar coisas.
Como um cigarro.
Ligo a televisão.
Em 52 canais, não se aproveita um.
Ou se calhar eu é que não aproveito nenhum.
Tenho de ir dormir.
Será que não me estou a esquecer de nenhum texto para amanhã?
Será que já sei tudo?
Hoje sabia.
E amanhã...?

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Agenda

Amanhã:
Reunião às 9h30 da manhã (chamemos-lhe madrugada, vá)
Lançamento de um novo projecto (que em breve falarei aqui) ao meio dia.
Ensaio às 15h.
Ensaio de imprensa dos "Monty Python´s" às 20h.
Esgotamento nervoso às 23h.
Entrada no Hospital Santa Maria às 23h30.

E agora, banhinho (acabará por volta das 23h30)
Comer uma taça de Nestum (até à 00h)
Lavar os dentes (até à 00h10)
Caminha (até às 8h)

E no meio disto tudo acho que ainda vou fazer xixi.
Senão faço no Santa Maria amanhã.

sábado, 8 de setembro de 2007

"Always Look On The Bright Side Of Death"

Graham Chapman, membro dos Monty Python´s, morreu em 1989.
No seu funeral foi feito um discurso pelo John Cleese (membro dos Monty Python´s) que demonstra o que de melhor a comédia tem.
Provar que mesmo em situações mais delicadas o poder avassalador da comédia pode (e deve) ter a última palavra.
Este video que já conheço há um bom tempo, mostra esse mesmo momento.
E o quanto à frente é preciso estar para o poder fazer.
E prova o verdadeiro humor inglês.
Vejo-o vezes e vezes sem conta.
E agora, aqui está ele.

sábado, 1 de setembro de 2007

Mais um dia

Chego dos ensaios.
Sete horas de ensaios.
Muito texto para decorar, alguma tensão no ar.
O medo de estrear daqui a dezoito dias.
"Será que vou fazer bem?"
Sete horas no teatro a correr de um lado para o outro, a trocar de roupa, a ensaiar músicas dos Monty Python, e o corpo a pedir descanso.
Não vejo os meus pais há algum tempo.
Ligo à minha mãe para dar um beijinho e dizer que se calhar só a vou conseguir ver no dia da estréia.
A minha irmã mandou-me uma mensagem mas já é tarde para responder.
Venho pelo caminho a pensar em dormir.
Chego a casa.
Como qualquer coisa para não desiludir o estômago.
Faço as malas para amanhã ir para os açores de manhã, para à noite fazer espectáculo e para depois voltar para mais um ensaio.
Não trocava esta profissão por nada do mundo.
Não é um post para me queixar, mas para me orgulhar de me cansar a fazer o que gosto.
Até amanhã, em São Miguel.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Uma hora atrás

Acabei de ser assaltado.
Por um radar do Marquês de Pombal.
Mas acho que fiquei espectacular na fotografia.
E pus rímel na matricula.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

1 de setembro - Açores

Ainda está alguém aí...?
As minhas desculpas repetem-se de cada vez que não venho ao blog, mas uma vez mais, cá vai:
Desculpem.
Os ensaios dos melhores sketches dos Monty Pythons tem sido mais que muitos, e o tempo que sobra é para estudar e para quem me atura.
Ainda assim, aqui fica a última data da minha tournée do espectáculo a solo:
Dia 1 de Setembro estarei em São Miguel, Açores, no Teatro Micaelense para "fechar" este espectáculo.
Será o último, mas só por enquanto.
Ate lá.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Centro de Artes e Espectáculos - Figueira da Foz

Tinha férias?
Tinha sim senhor.
Vão ser interrompidas?
Vão sim senhor.
Mas por um bom motivo.
Dia 10 de Agosto estarei no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz para uma das últimas apresentções ao vivo do meu espectáculo a solo "...sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura".
Parece que os bilhetes já estão à venda.
Apareçam que acho que vai ser muito giro.
Nem que seja pelo facto de perceberem que uma estaca de 1.92m ao vivo é sempre motivo para rir.
Nem que seja caladinho.
Apareçam.
Até lá.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

"Grey Gardens"

A coisa mais comovente que vi nos últimos tempos aconteceu do nada.
Foi-me mostrada pelo Herman, e jamais imaginei que fosse mexer tanto comigo.
O título é "Grey Gardens".
Um documentário sobre Edith Beale, aristocrata e tia de Jacqueline Kennedy Onassis e a sua filha (também Edith Beale).
O documentário aborda a vida de mãe e filha que viviam em Grey Gardens, uma luxuosa e gigantesca mansão de vinte e oito quartos em East Hampton, Nova Iorque.
Com o passar dos anos, a então casa luxuosa tornara-se num decadente amontoar de lixo, cinquenta e dois gatos, e guaxinins que entravam pelo sótão e comiam várias peças da casa.
O jardim anteriormente pomposo começou aos poucos a "engolir" a outrora mansão.
O caso ficou conhecido com um artigo do National Enquirer que denunciou as condições desumanas da casa em que mãe e filha viviam.
Albert e David Maysles, que se encontravam na altura a realizar um documentário sobre a infância de Jacqueline Kennedy Onassis, decidiram virar o foco das atenções para esta casa, e para as duas mulheres fascinantes que lá viviam.
E é então que "Grey Gardens" se torna num documentário de 1976, e que acompanha o dia a dia de mãe e filha, uma relação de dependência e excentricidade que ninguém até então tinha partilhado.
É comovente como Edith Beales (a mãe), apesar de todo o caos que se passa à sua volta (muito diferente da vida luxuosa que levava anteriormente), nem uma vez reage com tristeza.
É feliz, ainda que sem nada.
Já teve tudo.
Poder-se-á chamar "divine decadence".
Ou apenas uma lição de vida.
E mais uma vez a prova de que a velhice é das coisas mais sábias e comoventes que podem existir.
Estamos todos a caminhar para lá.

Um misto de loucura, decadência e poesia.
E certamente das melhores coisas que vi até hoje.

sábado, 21 de julho de 2007

And now for something completely different:

Peça: "Os Melhores Sketches Dos Monty Python".
Actores: António Feio, Miguel Guilherme, Bruno Nogueira, José Pedro Gomes e Jorge Mourato.
Tradução: Nuno Markl
A partir de: 18 de Setembro.
No Casino Lisboa

Medo.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Acabaram...

...mas foram oito dias perfeitos de férias.
Souberam a pouco, mas valeram por muitos.
Oito dias, perfeitos, num sítio que eu cá sei.
Só sol, ler, comer, mergulhar e mais sol.
E no fim do dia aquela moleza do "toma tu banho primeiro".
E agora (mais propriamente daqui a duas horas e meia), recomeço outro projecto.
Daqueles em bom.
Agora tou com pressa para ir comer uma massada de tamboril, mas em breve deixo aqui mais novidades sobre este projecto.
Até lá.

sábado, 30 de junho de 2007

Fim de temporada

E acaba hoje.
A temporada que começou em Janeiro deste ano acaba hoje no Teatro São Luiz.
Comecei a trabalhar neste projecto em Setembro do ano passado, e vê-lo acabar provoca-me uma certa nostalgia por antecipação.
Mas acabo com o sentido de dever cumprido.
Durante todos os dias e toda a tournée as salas estiveram cheias.
E para quem está sozinho em palco não há coisa que acalme mais o ego.
Ainda assim restam-me duas datas de tournée para me despedir.
A primeira das quais será dia 10 de Agosto no CAE da Figueira da Foz, e a segunda será dia 1 de Setembro no Teatro Micaelense, nos Açores.
Muito obrigado a todos os que foram assistir aos espectáculos.
Ainda que tendo que acabar este espectáculo a solo para começar outro projecto já daqui a uma semana, não posso esconder que hoje, embora sendo um dia de dever cumprido, é também um dia triste.
Este foi o primeiro projecto em que me envolvi em toda a concepção, contando sempre com a preciosa ajuda do João Quadros no texto.
Um agradecimento especial mais uma vez para o Teatro São Luiz, e para toda a gente que lá trabalha e que me recebe há 6 anos.
E quando assim é, custa mais a largar a mão.
Espero voltar a reanimar o espectáculo um dia mais tarde.

Hoje, 00h, no Jardim de Inverno do São Luiz:
"...sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura".
O fim.

sábado, 16 de junho de 2007

e outra.

E não é que logo a seguir veio mais outra?
Ora aqui fica, para ninguém se chatear.

quando a foto namora o texto

Recebi vários mails a propósito do meu último post.
A todos eles um muito obrigado.
O José Goulão enviou-me um que me tocou particularmente.
De tão simples.
É uma foto, mas diz o texto como nenhuma outra.
Aqui fica.




Aqui fica a página onde podem ver mais (tenho o meu blogger meio parvo, daí que tenha que escrever a morada toda, e não apenas um link)
http://www.flickr.com/photos/goulao

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Fim do banco

A idade vai comendo a vida.
Vai ratando o futuro, e nós (eles) a verem.
Acorda-se com um dia a menos, e adormece-se com um dia a mais.
O calendário vai-nos mudando o corpo.
Vai-nos empurrando as costas, para a queda ser pequena.
Os velhos sabem de cor o chão.
Como quem sabe que está quase a chegar lá.
Desde que perdi a minha avó, que ganhei o respeito por quem mora no terceiro andar da idade.
Perde-se para ganhar.
E assim foi.
Emociona-me.
Que vida inteira pode ser sentada sozinha, num banco de jardim?
Com a idade, nunca escolhem o meio, sempre o fim do banco.
Em crianças, ter-se-iam sentado na outra ponta?
E deixam-se estar.
Respiram como podem.
Os olhos já não procuram nada. Já viram tudo.
Vão guardando o passado em rugas, para libertar a cabeça.
Em que pensam?
Na morte?
Os velhos não vivem. Deixam-se viver.
Os filhos já tem a vida deles, não os querem.
Tem de ir viajar e fazer compras para o jantar.
"O pai tem estado bem? Então vá, um beijinho."
Picaram o ponto, e para eles está feito.
Os novos choram com o corpo todo, gritam e fazem caras de quem sofre.
Os velhos choram só com os olhos, que o resto não se vê.
E assim o fazem, no fim do telefonema.
Ninguém os quer com as doenças cheias de idade.
As mãos da idade cheiram a tudo, com as veias cansadas de mostrar o sangue a toda a gente.
As pernas vão perdendo caminho.
Os braços deixam de abraçar.
O coração começa a falhar, já bateu demais mesmo para quem amou pouco.
Vai-se esquecendo de bater.
E uma noite, sem avisar, desaprende.
Desliga os olhos e atira o corpo para o fim.

Ocupam agora o banco todo.
Do principio ao fim, todo ele é corpo.
E os filhos, cansados de telefonar, resmungam.
Morreram oitenta e dois anos, e nem mais um dia.
A cidade não pára, o mundo não interrompe, nada.
Os filhos enterram vinte anos, e guardam os outros sessenta e dois.
Os últimos vinte davam trabalho e de pouco valiam.
Não tem vagar para os guardar.
Mas de hoje em diante, esses vinte vão acordá-los todos os dias.
Até se deitarem sozinhos no banco que os vai deitar.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Bruno Nogueira a Solo (ainda)

Sei que me estou a tornar repetitivo, mas ainda assim, sabe-me bem ao peito.
O meu espectáculo, que está novamente no Teatro São Luiz, ficará até ao fim do mês, por causa de vocês.
Parece que a temporada que estava anunciada até dia 16 de Junho está a esgotar.
Assim sendo, até ao fim do mês de Junho estarei no Teatro São Luiz (ainda) com o meu espectáculo.
Que corra bem.
E que apareçam por lá.
Até.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

ó ó

Depois de ter passado o dia a ensaiar e a fazer um espectáculo no Casino Estoril, e trinta minutos antes de entrar para o bonito palco do São Luiz, surge-me uma coisa:
Epá, gostava tanto de fazer ó ó.
Mas daquele ó ó que se inicia com uma sucessão alucinante de cabeçadas à cais do sodré no ar, seguidas do ar de pânico de quem pensa:
"eu tou a ouvir, eu não estava a dormir"
Não era só fazer ó ó em palco. Era um bocadinho antes e um bocadinho a meio.
Assim de esguelha, para ninguém do público perceber.
Ou dormir numa posição engraçada de maneira a que um ou outro elemento do público dissesse:
"Olha-me bem, este Bruno até a dormir consegue fazer com que eu me escangalhe a rir".
Adoro pessoas que se "escangalham" a rir.
São diferentes.
E amorosas.
Vou então vestir a camisinha e por o microfone.
E que nosso senhor me acompanhe.
E já agora, que me belisque.
O maroto.