terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"Man On Wire"


Chegou-me há poucos dias via Amazon.
Andava ansioso por ver este documentário extraordinário que retrata a coisa mais simples e poética que se pode retratar.
Um homem a cumprir um sonho de vida.
Philippe Petit tinha um objectivo na vida que não é propriamente de fácil acesso:
Atravessar as torres gémeas através de um cabo de aço.
A pé.
Sem cabo nenhum de segurança.
Só ele, um cabo de aço que ia de uma vida a outra, e o desejo de passear no tecto do mundo.
E assim foi.
No dia sete de agosto de mil novecentos e setenta e quatro andou, ajoelhou-se, deitou-se e voltou a caminhar durante uma hora entre as torres gémeas, depois de ter planeado tudo ao pormenor juntamente com os amigos que acreditaram que o impossível era possível.
Foi depois preso e submetido a avaliações psicológicas.
E não tinha perdido nada.
Tinha ganho mais do que aquilo que se possa alguma vez imaginar.
Está nomeado para o Óscar de melhor documentário.
Mas já venceu o que tinha para vencer.
O sonho.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Somos tão pequeninos


Vasco Baptista Marques deu uma bola preta a "Slumdog Millionaire" no Expresso.
Nota miserável, portanto.
Diz ele que o filme "consolida a "pornografia da pobreza" que nos vende a miséria como um espectáculo de consumo rápido".
Luís Miguel Oliveira no "Público" diz sobre a visão do realizador da India: "Danny Boyle não conseguiu sentir mais do que o cheiro a merda.
Fino.

Só uma coisinha:
Senhor Vasco e senhor Luís, juntem-se numa cave a resmungar com o que vos impede de ter vida sexual e deixem-se de merdas.
Já percebemos que sabem escrever português e fazer comparações.
Mas a vossa "profissão" exige um bocadinho mais do que frases de português bonito.
Deixem o resto para quem quer e sabe fazer mais do que desenhar bolas pretas em papel e dizer palavrões da quarta classe.
Ou gostam ou não gostam, estão no vosso direito.
Mais do que isso já é masturbação intelectual.
E a arrogância e altivez com que vomitam críticas é que vos faz pequeninos, e na minha modesta opinião, feios.
(A parte do "feios" é só uma opinião parvinha, para não me afastar do estilo destes dois queridos)
Para se ser agressivo, tem de se saber escrever e opinar muito bem.
Não é claramente o caso.
Ser crítico de cinema, salvo raras excepções, só obedece a uma regra básica:
Dizer mal daquilo que está em alta.
Há qualquer coisa de intelectual em contradizer as massas.
O pior é quando se contradiz com disparates de algibeira.
Perdoem-me o tom, mas é claramente uma demonstração de pequeno poder.
E isso põe-me do avesso.
E sim, foi dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.
Mas nada que me deixe tão ansioso como ver um filme escrito e realizado a quatro mãos por Vasco Baptista Marques e Luís Miguel Oliveira.
Eu e quem deu a "Slumdog Millionaire" sete BAFTA´S e dez nomeações para os Óscares.
Para aprendermos todos um bocadinho mais sobre cinema.

Menos um para realizar


Pois bem, mudei a rotina.
Prometia-me há já uns anos, e falhava.
Até que os dedos pediram, e assim foi:
Estou a ter aulas de piano.
Tinha esse sonho, eis-me a fazer por ele.
Há qualquer coisa no som deste instrumento que vai directamente a sítios que não sabemos apontar.
Não é coisa simples, para os dedos e para o cérebro.
Estou ainda na fase de aprender a ler música, e enquanto experimento tocar uma ou outra coisa percebo que traduzir para o cérebro que as duas mãos devem fazer coisas diferentes é um dos primeiros e mais difíceis passos.
Mas assim é melhor, se fosse fácil cansava mais.
Já começo a perceber umas coisas, por força do professor extraordinário que me está a acompanhar.
Deve ser penoso para quem toca tão bem como ele ver duas mãos de cimento em cima das teclas dele.
Especialmente porque teve anos a aprender com a Maria João Pires.
Deve estar orgulhoso do salto que a carreira dele deu.
Orgulhosíssimo.
Estou contente comigo.
Terça feira às onze horas lá terei nova aula.
Até lá tenho trabalhos de casa para fazer.

Agora só falta um pianinho aqui em casa.
Porque praticar na mesa é estranho.
E não tem definitivamente o mesmo som.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

O peito dela



Já estou atrasado para um compromisso, mas sinto-me obrigado a deixar isto bem claro:
A saga da Maya com a sua operação ao peito é das coisas mais nojentas que vi até hoje nas revistas.
É prostituição mediática.
E não vou fazer piadas, nem gozar com a situação, nem nada que o valha.
Uma pessoa que deixa que a fotografem numa operação ao peito (a troco de alguma coisa certamente, porque não estou a ver que seja a custo zero), que no carro à saída do hospital alarga a camisola para mostrar aos fotógrafos os adesivos colados ao peito, e que depois espera credibilidade em qualquer meio que seja, é uma pessoa extraordinária.
Dantes ainda tinha piada falar sobre estes assuntos.
Infelizmente hoje é tudo demasiado reles para sequer ser risível.
Toda a gente come, digere e no dia a seguir não se lembra.
E eu também deveria ser assim.
Mas fica-me a trabalhar no estômago mais do que eu queria.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Que é isto?



Epá...que coisa estranha é esta que está a cair no chão e que eu ainda não tinha visto nos últimos dias?
Não estou a achar piada nenhuma a isto.
É assim, como se fosse água.
Acho mesmo que é água.
Ah, espera lá, afinal é chuva.
Ufa, quando uma pessoa não está habituada assusta.
Agora vou ver onde está o guarda-chuva que tem uma vareta dobrada.
Não me lixem, guarda-chuva como deve de ser tem sempre uma vareta ou duas a precisar de gesso.
E vou aproveitar e marcar uma reunião com o São Pedro para lhe explicar que ele pode brincar com a pilinha dois ou três dias e deixar a rega para mais tarde.
É muito poder, e isso está-lhe a subir à cabeça.
Tristeza.

I have a dream

Amanhã, se tudo correr como esperado, vou realizar um sonho.
Tem a ver com música.
Qual?
Depois digo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

e foi assim.

Se o mundo tivesse de acabar, teria sido ontem.
O vento teria levado as pessoas e os animais.
Ficavam as casas e as estradas para contar.
Mas ao que parece ficamos cá mais uns tempos.
Anos ou meses, ainda está por decidir.

Passei dos melhores aniversários de que tenho memória, com a família, a lareira, boa comida, boa bebida, e a certeza de que é isto que fica.
Anos mais tarde são estes momentos que resistem, agrafados ao peito com uma nota a dizer: "Valeu a pena".
Desde há muito tempo que insisto em não fazer as clássicas jantaradas de anos.
Há qualquer coisa nos aniversários que me deprime, coisa essa que ainda não consegui pôr em papel.
Não sei se é o bolo, se são as velas, se foi alguma coisa que sobrou de quando era mais novo e que alguma borracha se encarregou de apagar.
Mas ontem voltou a ser especial.
Vi o meu pai e a minha mãe juntos no meu aniversário muitos anos depois.
Felizes, e orgulhosos de mim.
E eu feliz, e orgulhoso deles, e do que vive dentro deles.
Foi um almoço que começou à uma da tarde, e que foi acabando às sete.
Mas que para mim só vai acabar quando acontecer outro melhor.
Para já tenho vinte e sete anos, e todos eles me souberam bem.
Venha o próximo.

Para terminar, comprei anteontem um dvd do Chico Buarque.
E só porque sim, e porque sou piroso, vejo este vídeo do Chico e do Jobim vezes sem conta.
Primeiro pela música.
Depois pelo olhar durante toda a música do Jobim para o Chico Buarque, de carinho e admiração.
Eu disse que era piroso.
Mas destes já não se fazem mais.

sábado, 31 de janeiro de 2009

E vão 27

Estou praticamente um homem.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Para entregar se faz favor


Se eu pedir uma pizza com pepperoni, e para entrada um pão de alho com pepperoni estou a ser repetitivo ou até pode ser uma coisa normal?
É que a verdade é que a fome é tanta que peço sempre tudo à bruta e passadas duas semanas a metade de pizza que sobrar vai estar a andar sozinha pela casa.
Bem sei que devia dar aos pobrezinhos.
E bem sei que em África se passa uma fominha que nem sequer desconfiamos.
Mas tenho sempre a esperança de no dia a seguir ela estar quente e estaladiça outra vez.
Nunca aconteceu, mas também nunca aconteceu ver imagens da Sic Notícias com crianças em África a comer pizza com pepperoni.
E nisso estamos quites.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Louis C.K. sobre a igreja católica

É capaz de ser um texto um bocadinho forte para quem não está habituado.
O tema, claro está, é a igreja católica.

Vão com calma.
Depois não digam que eu não avisei.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

frio, vento, chuva, lisboa

Sair à noite em Lisboa com chuva, vento e frio é quase tão agradável como espetar um prego enferrujado nas têmporas.
E depois raspar o prego nos dentes para ter a certeza que o tétano não se perde pelo caminho.
Chegado do jantar dos "Contemporâneos" tenho a dizer mais uma vez o seguinte: trabalho com uma equipa do caraças.
Todos.
Jantámos e bebemos o que tínhamos a jantar e a beber, e no fim fomos presenteados com um karaoke que parecia a guerra civil de Espanha, mas com mais feridos.
Nunca percebi o fenómeno karaoke, mas também nunca me dediquei muito à matéria.
Sei apenas que há pessoas que quando estão em cima do palco cantam para a maquineta como se o mundo fosse acabar amanhã à hora do almoço.
Quando eu digo cantam, leia-se roncam.
Tirei fotografias com fãs e um deles diz-me:
"Posso tirar uma fotografia contigo?"
"Claro que sim"
"Fixe. Não tenho é máquina. Arranjas alguma?"

É um tipo de raciocínio que não está ao alcance de qualquer um.
E é claramente o tipo de abordagem que merece o respeito de qualquer um.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Trabalho para "férias"

Quando se está mais ou menos de férias, acontece um problema que não era suposto acontecer:
Não saber o que fazer.
Ou pior, quer-se fazer tudo.
Sei dizer que tenho pelo menos sete coisas para fazer, mas o primeiro dilema de todos é não saber por qual delas é que hei-de começar.
É uma espécie de peso na consciência de escolher a errada e deixar as outras seis desapontadas.
Como tal, tenho-me dedicado a ficar paradinho, a organizar-me mentalmente, mas com muita calma, para não estragar o conceito de férias.
Neste momento estou a organizar cerca de oito mil fotos que estão numa pasta no desktop do computador e que tem o nome de "fotos".
Pura imaginação ao criar uma pasta.
Ora, oito mil fotos não se organizam assim do pé para a mão.
Portanto vou-me entretendo com uma tarefa que não fazia parte das sete, mas que tinha de ser feita algures antes de morrer para a minha família não ficar na igreja a discutir quem fica com essa deliciosa fatia da partilha.
Já consegui organizar quinhentas numa pasta que criei com o sugestivo nome de "trabalho", curiosamente para fotos de... exacto, trabalho.
Agora uma dúvida que deixo a todos os seguidores deste blog que não tem qualquer espécie de vida:
Onde arrumar fotos que tirei a coisas tais como: sinais de trânsito, nuvens, árvores, casas velhas, e outras que tal?
Não é fácil.
Queria ver o Obama a organizar-me a pastinha das fotos, era o organizavas.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Problema resolvido

Hoje, voltei a ter internet como deve de ser.
Sim, andava com problemas na internet, e como viram até me controlei bastante bem porque não vos disse nada.
Tudo em ordem.
Graças à Netcabo (sim, quando corre bem também há que o dizer), mas acima de tudo graças à paciência do Pedro Aniceto que percebe mais de Mac´s do que eu percebo de andar a pé.
Aproveitámos e ainda vimos os três a tomada de posse de Barack Obama: eu, o Pedro e o técnico da Netcabo, que nos confidenciou que tinha a irmã em Washington, lá no meio da multidão.
Um bonito trio.

Agora sim, posso usar e abusar da coisa linda que o Pai Natal me deu, um Pai Natal que curiosamente dorme comigo.



É lindo.
E só ainda não tive relações mais intimas com ele porque dá choque.

"Twitter", ou lá o que é isto.

Há uma coisinha chamada "Twitter" que o senhor Markl me mostrou e que agora me deu para aquilo.
Basicamente é uma espécie de blog em tempo real.
Escrevemos uma mensagem onde quer que estejamos, via Iphone, e nesse mesmo instante há reacções ao que se escreve.
Quem me quiser encontrar no Twitter é só adicionar CORPODORMENTE, e seguir as parvoíces que vou semeando pelo mundo.
Aqui do lado direito debaixo dos "links" também podem acompanhar essas pequenas pérolas literárias.
Enfim, é o que dá estar de "mini-férias".

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Nota de extrema importância

O rabo que aparece na fotocopiadora no sketch dos "Contemporâneos" sobre o primeiro dia do Barack Obama não é meu.
Era importante esclarecer isto.
Ainda tenho um rabo digno, não é nada daquilo que para lá se vê.


Esclarecido isto, vou então dar festinhas no meu rabo inconformado.

Ontem à noite

Já podem ver o programa de ontem dos "Contemporâneos" aqui.
Eis alguns que gostei particularmente, por diferentes motivos que nada tem a ver com qualidade.
Este gostei pelo simples motivo de quando eu no fim do sketch rebento o ovo na mão, há uma parte considerável de gema que sai disparada para o olho direito do Eduardo e fica pendurada nas pestanas, juntamente com alguns bocadinhos de casca.
É aos três minutos e trinta e sete segundos, e não consigo parar de ver em loop.
No fundo trata-se de um tipo de humor elaborado que aprecio:



e



Este último deu-me especial prazer porque o meu único objectivo no sketch era fazer sons estranhissímos que conseguissem desmanchar o Manel e o Eduardo.
Consegui isso em alguns takes, com sons que nem eu sabia que era capaz de fazer.
E não sou.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A emissão segue dentro de momentos...

Amanhã é o último dia de gravações da segunda série dos "Contemporâneos".
Paramos um tempinho, e depois voltamos com a terceira.
Confesso que me vai saber bem.
Até aproveito e confesso mais: vai-me saber muito bem.
A Maria diz que fazer um programa de humor é como estar em "guerra".
Não no sentido de matar pessoas da equipa com carabinas só porque sim.
Mas porque se está sempre alerta, mesmo quando pensamos que estamos relaxados.
E tem toda a razão.
Descansa-se o corpo mas a cabeça está sempre lá, na edição, no texto, na representação, em tudo.
E a equipa toda começa a acusar um cansaço que mostra que não podia haver melhor altura para parar, descansar, e voltar com baterias recarregadas para a terceira série.
Acima de tudo vou ter saudades de insultar gratuítamente o Manuel Marques.
Ou pura e simplesmente de o magoar fisicamente, mas com ciência.
Hoje encontrei-o na sala do guarda roupa a dormir no chão.
Estive a três segundos de lhe aviar um biqueiro nos rins.
É ou não é tentador?



Qualquer pessoa de bom gosto dirá que é.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Santa Estupidez

"Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde acabam."

Frase dita por um ateu?
Não não.
D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Sou ateu por variadíssimas razões que pouco importam, mas nestas alturas sou um bocadinho mais.
Nem sequer é uma frase de mau gosto, é só ridículo e humilhante para a religião católica.
Uma vez que se ofendem cada vez que falo da religião católica e das suas barreiras mentais, pode ser agora a minha vez de retribuir a indignação?


Obrigado.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Mais uma inauguração


Mais uma obra de arte.
Desta feita na sanita.
Bonito.
E reparo que a minha empregada anda a usar materiais diferentes.
Novas tendências.
É uma inconformada, coisa que se vê em cada exposição que ela traz a público.
Nesta deixa para trás a influência marcada pelo spray "Pronto" para entrar na era do "Cif Power Cream".
Mantém-se ainda assim a linha a que nos tem vindo a habituar de "produtos de limpeza", essa fonte inesgotável.
Não é de gosto fácil esta obra, mas a carga dramática e o estilo avant garde desarma qualquer um.
Não sei o preço, nem tão pouco se está à venda.
Sei que está exposta na minha casa de banho até ao dia 20 de Janeiro.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

a propósito do Ricky Gervais

Fazer comédia é difícil.
Provavelmente das coisas mais difíceis, uma vez que o riso nasce nas pessoas por motivos diferentes.
O que me faz rir nem sempre faz rir o outro, e vice-versa.
O jogo de tentar encontrar a equação perfeita, em que todos riem do mesmo, é das mais motivadoras que há.
Pelo menos para mim.
E quando se está a gravar, há coisas das quais os actores se riem que mais ninguém no estúdio percebe.
Muitas vezes porque estamos a gravar e a outra pessoa diz uma palavra de uma maneira diferente, ou porque faz um segundo a mais de silêncio, ou pura e simplesmente porque se ouve o estômago de alguém a fazer barulho.
Quando se está nesse precipício pouco importa, acontece e pronto.
Aconteceu comigo e com o Markl a fazer de orca.
Aconteceu centenas de outras vezes que não foi para o ar (sim, sou provavelmente a pessoa que mais se ri durante as gravações sem aparente motivo, e a que mais o provoca de forma absolutamente gratuita).
Deixa a equipa em pânico porque temos obviamente horários para cumprir que não podemos falhar.
E porque cada minuto custa muito dinheiro.
E o pior é que não há nada mais libertador do que não conseguir aguentar o riso, que tem um mecanismo difícil de compreender.
Mesmo o nosso.
Toda a gente que faz humor passa pelo mesmo.
E é impossível explicar.
Só ver:



"and the Oscar goes to..."

É com alguma pena que leio a notícia que anuncia Hugh Jackman como anfitrião dos Óscares deste ano.
Nada contra o senhor, que sempre me tratou nas palminhas, mas falava-se desde Setembro da possibilidade de ser o Ricky Gervais.
Achei que era muita fruta chegar num ano a Hollywood e no ano a seguir apresentar a cerimónia, mas seria certamente das melhores emissões que a pequena estatueta veria.
Mas enfim, é a vidinha.
Entretanto anteontem o Markl disse-me que o senhor Ricky vai fazer um projecto tão simples e tão bom: estrear um filme no cinema e fazer a sequela através de uma série de televisão.
Normalmente é o contrário: uma boa série dá um filme, como é exemplo o "Sexo e a Cidade".
Há sempre alguém com a capacidade de inovar no meio de tudo o que já foi inovado.
Chama-se a isso estar à frente no seu tempo.
É o caso.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"His Sad Quote"


Não o faço pelo vocalista ser meu amigo.
Faço-o porque não há nada que eu admire mais do que pessoas que não desistem daquilo em que acreditam.
É o caso de "His Sad Quote", uma banda de cinco músicos que agora começa a ter as primeiras oportunidades de concerto.
Podem ouvir alguns temas deles aqui.
Vão estar nas Fnac´s já na segunda metade deste mês, onde se deus nosso senhor quiser eu estarei a assistir.
As datas estão na página acima referida, do MySpace.
O que me deixa aliviado é que se ficarem mais famosos tenho uma lista de cerca de quarenta coisas que destroiem logo à cabeça a reputação do Jorge (vocalista).
E ele cinquenta sobre mim.
Conhecemo-nos há 21 anos no externato "O Panda", na Buraca.
Um luxo à época.

E logo aí está tudo explicado.

Dor. Muita. E em variadíssimas zonas do corpo.

Hoje voltei a acordar às sete da manhã.
Maravilha.
É quase tão agradável como esbardalhar uma costela contra a esquina de um móvel de pau preto.
E porquê pau preto?
Porque eu sou uma pessoa que gosta de humor refinado sobre móveis distintos.
Está-se a usar muito lá fora, no Chipre.
E toda a gente sabe que o Chipre em termos de humor é como se fosse uma religião para mim.
Agora deixo-vos para pensarem muito bem na vossa vida.
E na vossa atitude.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Top Fnac

Dvd de "Os Contemporâneos" em sétimo lugar no top dos mais vendidos da Fnac.
Algum quentinho no estômago.
À nossa frente: Indiana Jones.
Não se percebe.

Meio texto

Então não é que acordei meio surdo de um ouvido?
Isso.
Como se metade da minha cabeça estivesse dentro de uma terrina de água e a outra numa terrina sem água.
Não era bem o tipo de coisa que eu julguei que fosse acontecer aos vinte e seis, mas nunca se é novo demais para ficar meio mouco.
Isto está bonito está.
Já me disseram que muito provavelmente tenho de ir aspirar a cera que me está a obstruir o som da vida.
Que é mesmo assim, que volta e meia se deve fazer, e que nunca se deve usar cotonetes.
Claro, quem é que alguma vez pensou usar cotonetes nos ouvidos?
Só mesmo os parvinhos de todo.
Que ideia mais peregrina.
Deve ser o mesmo tipo de gente que come a sopa com uma colher em vez de uma faca de serrilha, como as pessoas normais.

Portanto, um sonho: eu, deitado, com um Hoover espetado no ouvido.
É ainda a grande oportunidade de ir a um otorrinolaringologista, palavra que de outra maneira dificilmente figuraria no meu blog.
Está tudo muito bem.
Vou só ali ouvir meio cd de Radiohead.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Soube-me a pouco

Foram onze dias, sem horários para cumprir.
Há oásis assim.
Amanhã volta tudo ao normal.
E a segunda-feira volta a ser o dia mais parvo de toda a semana.
Amanhã um bocadinho mais.
Bom regresso às aulas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Hoje, no DN

Pediram-me há dois dias para escrever um texto para o Diário de Notícias (o jornal, não a revista do mesmo...) sobre o ano de 2009.
Mais precisamente sobre o tema :"Como podem os portugueses viver melhor em 2009".
Saiu na edição de hoje.
Aqui fica o que escrevi:


"Não fazer promessas para o ano que vem é logo à partida a melhor maneira de encetar o ano que vem.
Mentir é feio, especialmente em cima de uma cadeira com a boca atestada de passas.
Nesse caso é só deprimente.
Por isso, comece os doze meses que se avizinham da melhor maneira, com os desejos possíveis de acordo com o indicador de bateria que lhe aparece na força de vontade.
Aponte:

Engordar.
Mas engordar com tudo o que pareça um ataque cardíaco servido num prato.
E acompanhar as refeições com um copo de óleo Fula fresquinho.
Fumar mais. E melhor.
Fazer o mínimo de desporto possível.
Ou menos ainda.
Não visitar os amigos que insiste em anestesiar com um: "temos de combinar um jantar pá!"
Se esse jantar não aconteceu em 2008 tem tudo para não acontecer em 2009.
Não dar mais atenção aos filhos.
Eles entretêm-se bem com o Canal Panda.
Lembre-se que o próprio animador que está dentro do fato do Panda já perdeu vinte quilos por estar num fato que nunca foi pensado para se usar em todas as estações do ano. Desmaia de quinze em quinze minutos, numa média cada vez mais apurada. Não o vamos deixar agora perder o ritmo.
Ser mais nervoso no dia a dia.
Se possível conduzir a cento e noventa nas localidades e puxar o travão de mão já em cima das passadeiras, a roçar com o pára-choques na bengala de um idoso, só para mostrar quem manda.
Conduzir sempre, mas sempre na faixa da esquerda.
A da direita é para meninos e você não gastou o pib do Ruanda num carro para marcar passo na auto-estrada.
Buzinar (muito) mal desconfie que o sinal vai ficar verde.
Não perde nada em prender um palito na buzina durante todo o vermelho.
Gastar as poupanças todas, e pedir entre três a cinco empréstimos ao banco.
É tempo deles.
A crise não passa de um boato, criado numa qualquer revista cor-de-nada.
Não ir ao médico ver aquele sinal que cresceu dez centímetros nos últimos vinte minutos.
Deve ser só uma santola que lhe caiu mal.
A santola é tramada.
Perder tempo a ler artigos encomendados no "Diário de Notícias".
Alguém do outro lado o teve de escrever.

À partida isto bastará.
Se não for há-de ter muitos anos para elaborar diferentes listas.
A não ser que não seja da tal santola."

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Anos depois


Deve acontecer com a grande maior parte das pessoas.
Comigo foi precisamente o mesmo.
Na altura em que nos "obrigam" a ler certos livros, como preparação para exames de Português, é raro recebermos a ideia de braços abertos.
Primeiro porque é muita fruta para tão pouca idade.
E segundo pelo simples facto de ser obrigatório.
E a palavra "obrigatório" tem o dom de desvalorizar qualquer produto em 80%.
Mas assim é, e assim foi.
Li "Os Maias" há uns largos anos.
Sei que me doeu lê-lo.
São muitas páginas para quem quer estar com os olhos noutras coisas que não em letras.
Há uns dias peguei nesse mesmo livro, para o ler com os olhos da livre vontade.
A idade muda os livros.
O livro que li há muitos anos, não é o mesmo que hoje acabei de reler.
O romance "Os Maias", do qual me despedi há minutos, é provavelmente o melhor livro que li até hoje.
Tão bem escrito e tão bem arquitectado que é impossível não ler de um só trago.
Porque Eça de Queiroz é um bocadinho mais do que "Soraia Chaves toda nua em cima de um padre".
Por favor, releiam.
Ou leiam.
Há obras que deviam ser lidas ao domingo de manhã.
E poupar a eucaristia dominical.
Ou então poupar só a eucaristia dominical, vá.

Amanhã: Camilo Castelo Branco.
Mas sem exames de português pela frente.
E sim, com uma lareira.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Digestão natalícia

Se como mais uma rabanada que seja, estoiro.
E tirar 1,94m das paredes e tecto ainda leva o seu tempo.
Espero que tenham tido um santo natal, tá bom?
Se não foi santo é de desconfiar.
E se não nos virmos antes, Bom Ano!
E que 2009 blá blá blá belele.
E agora?
Lareira como música de fundo e o documentário "A Casa do Tom", feito pela mulher do Tom Jobim, Ana Jobim.

P.S.- hoje à noite na Rtp há um episódio dos Contemporâneos, com algumas partes do "chato" e aqueles que para nós foram os melhores momentos musicais desta segunda série.

Já posso ir?
Óptimo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Chiado

Hoje à tarde, o caos.
O mais próximo que estive de passear numa rua do Japão em que parece que estamos dentro de uma máquina de pinball a levar cotoveladas de todos os quadrantes.
Pequena nota:
À entrada da Pull & Bear, uma senhora deita para o chão um papel enorme de um bolo que estava a comer.
Assim, no meio de toda a gente, e como se nada fosse.
Como se toda a calçada fosse um enorme caixote do lixo.
Um nome, curto:
Besta.

"Programa do Aleixo"

A minha vénia ao "Programa do Aleixo" que só há pouco tempo consegui ver.
Numa altura em que cada vez é mais difícil fazer coisas originais, o João Moreira, João Pombeiro e o Pedro Santo conseguem-no fazer com textos magníficos e com interpretações diferentes de tudo o que se viu por estes lados.
Espreitem que vale muito a pena.
Ainda que primeiro se estranhe.
Sou um fã confesso do extraordinário universo que conseguiram criar.
Todos os domingos na Sic Radical pelas 20h30, ou, como no meu caso, através do Youtube.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Espécie de direito de resposta

É raro agendar entrevistas.
Se estiver numa estréia ou noutro lugar qualquer (à partida) não fujo.
Falo antes daquelas entrevistas extensas, com mais "peso", que volta e meia se fazem.
E evito por um simples motivo: a maior parte dos jornalistas faz entrevistas sobre a vida profissional com o fito de preparar terreno e distrair, para no fim da entrevista desatar a escarafunchar a vida pessoal do entrevistado.
Vem nos livros.
Ora, se fosse um coisa meiga e inteligente sobre a vida pessoal, o entrevistado ainda se deixaria levar alegremente.
O problema é que as perguntas, regra geral, são demasiado parvas.
Logo, fica só um momento de pura cusquice.
"Vou estrear uma peça" venderá à partida menos exemplares do que "Eu e a Maria vamos ter gémeos. Ela já está cheia de desejos e passa o dia a pedir-me para lhe comprar rabanadas e paio de porco preto. Estamos numa fase muita gira."
Há ainda outra coisa digna de nota.
Quando acontece estar a dar uma entrevista, mesmo que esteja a ser acompanhada por um gravador do jornalista, há qualquer coisa que me diz que as palavras que estão a sair da minha boca não são necessariamente as que aparecerão escritas na revista/jornal.
É um fenómeno raro que só acontece em alguma imprensa.
E em comadres.
Foi o caso da edição de hoje da revista "Notícias Tv" do Diário de Notícias.
Uma conversa com uma jornalista que aceitei por me parecer que a "Notícias Tv" teria a chancela de qualidade do Diário de Notícias.
E acima de tudo que seria menos sensasionalista que a imprensa dita cor-de-nada.
Será?
A meio da entrevista surge a pergunta: "Aceitaria juntar-se ao elenco dos "Gato" caso o convidassem?"
A minha resposta, quando fui entrevistado há uma semana, foi: "É tudo relativo, depende do projecto em causa. Se fosse uma coisa entusiasmante para mim e para eles, claro que sim. Mas neste momento não penso sequer nessa hipótese."
Frase que aparece na capa: "Aceitaria juntar-me aos Gato Fedorento".
É um preciosismo.
Muda-se um bocado a ordem das palavras, e de repente, do nada, parece que me estou a oferecer para que os "Gato Fedorento" me convidem para trabalhar com eles, parecendo também que me esqueci que tenho um programa precisamente noutro canal.
Depois abro a revista e a frase em letras grandes que dá início à entrevista é:
"Não sei quem é mais parvo, se eu ou a Maria!".
A pergunta que deu origem a este bonito título era:
"Quem é o mais brincalhão lá em casa"?
E agora muita atenção: a entrevista tem 15 perguntas.
Uma delas é sobre a vida pessoal. ( e só foi uma porque eu disse que não valia a pena perguntarem mais nenhuma)
E qual delas é que dá origem ao título?
Será uma das 14 sobre a profissão..?
Não.
A única sobre a vida pessoal.
Eu bem disse:
Vem em todos os livros.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fnacs e mais Fnacs



Meus caros, estou prestes a alugar um T1 dentro de uma Fnac.
Isto porquê?
Porque esta quinta feira dia 18 de dezembro pelas 21h30 voltarei novamente à Fnac do Colombo, mas desta vez para uma singela sessão de autógrafos juntamente com o João Quadros a propósito do livro das crónicas da TSF, de seu nome "Tubo de Ensaio".
Esperemos que apareçam para lá.
Se não aparecerem espero que vos caiam os dentes todos durante a noite.
Ficamos assim então.
A propósito: se não descanso urgentemente começo a trincar a língua e a babar-me acordado.
Isso.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"salvem os ricos"

deu trabalho.
mas cá está:


sábado, 13 de dezembro de 2008

ontem, na Fnac

Um muito e muito obrigado a todos aqueles que estiveram ontem presentes na Fnac do Colombo para o lançamento do dvd d´"Os Contemporâneos".
Foi uma bela noite, com uma Fnac a abarrotar, onde passámos em primeira mão o episódio de ontem.
Ver os sketches com o público e ver as reacções deles alí, ao vivo, é uma experiência maravilhosa.
Ficámos a saber que os "Panisgas" e o "Chato" são já personagens risiveis só de aparecerem no ecrã.
E que se criou verdadeiramente um micro-fenómeno à volta dos "Contemporâneos" que me deixa mais do que feliz.
Para quem não pode nem ir à fnac nem assistir em casa, pode ver o episódio aqui.
Na certeza porém de que se não viram é bom que um familiar tenha patinado ou qualquer coisa do género.
Caso contrário é-me difícil perceber.
No fim jantar e à saída do restaurante a Ana Galvão, a esposa e futura mãe do rebento "Markl-Galvão" chamou a atenção para o nome da rua onde estávamos.
E sim, de facto é provavelmente o melhor nome de rua alguma vez criado em todo o mundo:



Um grande bem haja a quem teve a imaginação para incluir na mesma frase "táxis" e "palhinhas".
É de génio.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

"salvem os ricos..."

making of do que podem ver logo à noite pela 21h na Rtp1.

salvem os ricos...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Há muito muito tempo

Seis anos depois eis que o processo Casa Pia vai avistando o fim.
E mesmo assim dá-me idéia que foi rápido demais, não sei se não era de ficarmos mais três anos só a ver um best of destes últimos seis anos e depois sim fazer um grande final, com o Eládio Clímaco e a Serenella Andrade a conduzir uma emissão em directo e o Armando Gama a fazer habilidades com o cabelo, que me parece infinitamente mais interessante do que do que o Armando Gama ao piano.
Resta saber se os arguidos estão ou não com nervoso miudinho.
Deve ser provavelmente a pior coisa para ter num processo relacionado com pedofilia.
Nervoso miudinho.
Depois deste momento trocadilheiro vou-me ali esparramar no sofá que amanhã não tenho de acordar às 7h da manhã!
Sim sim, confirma-se, vou poder dormir.
Vou portanto ver "O assassinato de Jesse James" que o meu bom amigo Nuno Lopes me ofereceu.
Em troca tive de lhe cantar uma música da Lena d´Água todo nú.
Um negócio justo.

adenda

Amanhã, no lançamento do dvd na Fnac do Colombo, iremos passar, numa espécie de ante-estréia, o episódio que irá para o ar nesse mesmo dia às 21h.
Portanto, quem for ao lançamento tem a oportunidade de ver aquele que, na nossa modesta opinião, é um dos melhores episódios desta segunda série.
Na companhia do elenco.
Quem não for, pode sempre ver em casa.
Mais deprimente, mas igualmente possível.
Já sabem, amanhã às 18h30, na Fnac do Colombo.
A melhor Fnac do mundo das Fnac´s.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

três simples coisas

Serve a presente mensagem para dizer três coisas:
A primeira é que hoje vocês estão com a pior cara de sempre.
E com a barba mal feita junto das patilhas.
Homens e mulheres.
A segunda é para avisar que esta semana "Os Contemporâneos" vão excepcionalmente para o ar na sexta-feira depois do Telejornal (por volta das 21h), uma vez que na quinta-feira comemora-se o centenário do senhor Manoel de Oliveira (se tudo correr bem).
E a terceira é para vos dizer que nessa mesma sexta-feira parte dos "Contemporâneos" estarão na Fnac do Colombo pelas 18h30 para fazer mais uma vez a apresentação do dvd.
Portanto, ou bem que ficam em casa a ver o programa, ou bem que vão à Fnac do Colombo e voltam na bisga para casa.
Pouco importa se moram no Minho, têm é de escolher uma das duas opções, se não me quiserem ver torto.
E é muito isto.
Ou se calhar é um bocadinho menos, mas em termos de letras e frases equivale a isto.
Ok.
Agora tenho mesmo de ir.
Eu sei, eu sei, mas tem de ser.
Óptimo, eu também.
Adeus.

sábado, 6 de dezembro de 2008

"VLCD"


Sou um fã confesso do Teatro Meridional, um grupo que mantém um nível de qualidade em todos os espectáculos que, pelo menos a mim, sempre me deixou emocionado no fim de cada peça.
Daí eu ser suspeito ao dizer que não devem perder, por nada deste mundo o espectáculo "VLCD".
O trabalho da Carla Maciel, a esposa do meu caro Gonçalo Waddington, Luciano Amarelo, Miguel Seabra e Fernando Mota é impressionante, e tudo isto sem dizerem um única palavra.
Pelo menos em português.
A Carla maciel dizia-me que a linguagem que usam é uma mistura de finlandês, inglês e improviso.
Fernando Mota é também o compositor da simples e eficaz banda sonora que acompanha a peça, e que ele própio a toca em palco.
Um espectáculo com actores extraordinários e de uma simplicidade comovente.
Até dia 21 de dezembro fazem-se coisas bonitas, na Rua do Açúcar nº64.

Chato vs Chato

No último programa...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Confirma-se: a partir de abril os "Contemporâneos" vão ter a sua terceira série.
Ainda não sabemos se haverão mudanças no programa, mas às partida tudo se manterá tal e qual como está.
Ontem estivémos na Fnac de Almada no lançamento do DVD.
Obrigado a todos os que por lá estiveram.
Avisarei assim que souber de outros sítios onde vamos estar a apresentar o DVD.
Até lá, comprem tudo o que tenha a minha cara na capa.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

enquanto arde

Uma lareira aquece muito mais do que o corpo.

domingo, 30 de novembro de 2008

Lançamento livro "Tubo de Ensaio"



O que é que já está à venda nas livrarias de todo o país?
Exactamente.
O livro com as crónicas mais eficientes que o mundo da comédia ocidental já viu até hoje, que eu e o João Quadros temos vindo a escrever diáriamente para a TSF.
Tivemos de fazer uma selecção das piorzinhas porque senão não cabia tudo dentro do bonito livro.
É curioso o livro sair perto da época natalícia não é?
Eu acho que é.
Logo numa altura em que todos têm de comprar prendas para oferecer...
Não quero estar a pressionar ninguém, mas era capaz de ser das melhores prendas alguma vez oferecidas por um ser humano com bom gosto.
Lá estou eu, a meter-me onde não devo.
Enfim, vocês é que sabem.

Lançamento DVD "Contemporâneos"



E é já dia 4 de Dezembro.
O quê?
Epá calma.
Ainda agora comecei o post e já é isto?
Ai a nossa vida.
"Os Contemporâneos" vão estar na Fnac de Almada pela 21h30 para apresentar o dvd da primeira série.
Apareçam porque é das Fnacs mais bonitas de todo o mundo.
E porque é que digo isto?
Não faço a mais pequena idéia, porque nunca sequer lá estive.
Mas Almada é sempre Almada.
Assim como curiosamente Barreiro é sempre Barreiro e por aí fora.

Entretanto, nesta bela semana que passou, gostei particularmente de dois sketches:



e


Um beijinho a todos e um abraço a todas.
Isso.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

mais dois...

dois momentos dos últimos "Contemporâneos":



e

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Pronto" na biblioteca


Mais uma vez a minha empregada presenteou-me com um momento de pura cultura.
Antes tinha sido este.
Agora este:
Uma embalagem de "Pronto" no meio da biblioteca.
Porquê?
Nunca se vai saber.
Talvez só daqui a uns anos, quando eu perceber que este tipo de expressão artística vale um dinheirão.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Panisgas"


Quando numa reunião criativa de um programa de humor, aparece escrito como tópico "panisgas" é porque já se está muito à frente no mundo da comédia panisguenta.

Cinema em barda

"Destruir Depois de Ler" é um grande filme.
Uma história feita sobre o quase nada, e representações dignas de apontamento.
Destaco, por ter sido uma surpresa, a de Brad Pitt, que faz um personal trainer, e que consegue descolar-se da imagem do "bonitinho de hollywood" para fazer um papelaço cheio de pormenores extraordinários.

Ensaio Sobre a Cegueira é também um grande filme, de um realizador que eu gosto muito, e com um grande desafio: por em filme um livro já por si muito bom e dificil de filmar.
Não se saíu mal, é de facto um grande filme, com grandes pormenores de realização, e a história principal está lá.
Mas penso que quem leu o livro vai sentir falta de alguns pormenores, ou se calhar não.
Eu gostei do filme, mas acho que o livro é infinitamente melhor.
Opiniões.

Mas serve este post para dizer o seguinte: as pessoas que vão para o cinema falar como se estivessem sentados numa esplanada deviam ter uma trombose que lhes pusesse a boquinha de lado durante 2h30m.
Depois deviam de tropeçar à saída e dar uma marrada num extintor.
Deviam sangrar um bocadinho, perder os sentidos e na queda fracturar o nariz.
Iam no carro para o hospital e levavam com um camião do lixo pela porta dentro.
Fracturavam todos os ossos do corpo, incluindo o maxilar e ficavam no hospital a comer por uma palhinha durante seis meses.
Depois eventualmente melhoravam.
Mas ficavam para o resto da vida com o maxilar perro, que os obrigava a andar com um bloco de notas pendurado no peito, para poderem comunicar.
E depois sim, voltavam ao cinema.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pato bravismo.

Já tivémos um país bonito.
As casas de antigamente era bem feitas, com pormenores de classe, bons materiais, e acima de tudo eram bonitas.
Tinham charme.
Mas isso era antigamente.
Hoje em dia, graças a uma raça que dá pelo nome de "pato-bravo", isso já foi exterminado, para gáudio de quase toda a população.
Demos cabo de tudo.
Tudo.
Da ponta de portugal até aos seus calcanhares, nós fomos arquitectando monstros de cimento.
As construções não seguem uma linha lógica de arquitectura, os prédios passaram a ser só caixotes, e as moradias novas passaram a ser "móradias", cor de rosa, ou amarelo, todas iguais, e com interiores à base do dourado e da mármore, que são materias considerados "finos".
Neste fim-de-semana fui ver várias casas, e o "luxo" dos dias de hoje deixou de ser o "luxo" dos dias de sempre.
O pato-bravismo, anda de braço dado com o novo riquismo.
E o novo riquismo, anda de braço dado com o mau gosto.
O meu pai sempre me disse, e cada vez o entendo mais: "o dinheiro não compra o bom gosto".
E de facto não compra.

Dois destaques para as casas que fui ver então neste fim de semana.
A primeira era uma em Cascais, que aparentava ser uma casa com traça antiga, com um belo terreno, e que mal se entrava pela porta nos parava qualquer coisa cá dentro.
O homem, um pato bravo na casa dos sessenta, tinha partido tudo por dentro e tinha reconstruído com o seu "gosto pessoal".
À base de quê?
Mármore, dourados e puxadores de portas em forma de diamante.
O jardim todo em tijoleira (sim, ele cobriu a maior parte da relva) e um salão na cave todo na mesma tijoleira e com uma coluna em mármore no meio.
Não vou sequer falar do valor nem do orgulho com que o homem mostrava a casa para não envergonhar ninguém.
Depois fui ao Estoril.
Estoril esse que, lá está, já consegue ter prédios assustadores e grafittis ainda mais assustadores em pleno Monte Estoril, que sempre foi uma "zona nobre".
O "Cruzeiro", no centro do Monte Estoril é uma edificio de vidros partidos e graffitis, e é impossível olhar em redor sem ver uma mamarracho daqueles que provocam um misto de pena e "é bem feita".
A casa em questão era uma casa antiga, de uma familia também ela antiga, que lhe custava muito vender e que tinha conservado a traça antiga não só no exterior, como no interior.
Visitei a casa tendo a perfeita noção da raridade que estava a visitar e que tão cedo não veria nenhuma igual.
Uma casa com anos e anos de história, que conseguiu manter-se intacta, apenas com os devidos arranjos a que o tempo obrigou.
A senhora explicou-me que já a tinha quase vendido, que esteve quase a asssinar os papéis, até o comprador lhe dizer:
"Epá, isto vai ficar lindo. É arrancar este chão todo (que era madeira, casquinha) e pôr aqui uma bela mármore."
Resultado: não a vendeu.
Bem sei que o bom gosto é, e sempre será uma coisa relativa.
É bom que assim seja.
Por isso apenas posso falar de acordo com aquele que tenho: Portugal está a ficar mais feio de dia para dia.
As zonas verdes são assaltadas por casas construídas às muitas pancadas.
A autoestrada de cascais vai passar a terminar no Guincho.
No Guincho!
Uma zona verde e de praia que nunca teve problemas de trânsito, nem nunca terá, mas ainda assim, alguém achou que a autoestrada valia a pena.
No nosso país tudo se compra.
E nós que sim, como se nada fosse.
Um dia vamos olhar para trás e perceber que Portugal já foi dos países mais bonitos do mundo, até nos cansarmos de estar bem.
Lord Byron disse um dia: "Portugal não merece Sintra".
Não vou tão longe, mas vou para perto.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Classe



O João Quadros mandou-me esta foto para o mail.
Reparem na classe desta nova caixa dos "Sopranos".
Não se vê bem mas por baixo do mapa aparece um rectângulo azul a dizer Obama, um encarnado a dizer McCain e um preto a dizer "The Sopranos".
E em baixo de tudo diz:
"The One Thing We All Agree On"

Simples, e tão bom.

"Os Contemporâneos", ontem

O episódio de ontem já se encontra aqui.

Hoje é daqueles dias em que tendo tempo livre nem sei bem o que hei-de fazer:
Continuar a ler, ir ao cinema, ir ter com amigos, ficar só a ouvir música, não sei.
Há dias assim, em que depois de semanas ocupadas do princípio ao fim, ficamos bloqueados quando temos tempo livre.
Para já vou tomar banho.
E depois almoçar ao japonês que é coisa que nunca é demais.
E depois sim, ficar a olhar para uma parede a pensar no que vou fazer.

sábado, 8 de novembro de 2008

esta semana, o destaque vai para:

esta semana, gostei particularmente destes sketches:



deste:



e ainda deste:



Lembrem-se do nome dele: Luis Franco Bastos.
Este jovem tem uma capacidade vocal impressionante.
E vai dar que falar.

E agora vou aproveitar este dia de frio e céu muito nublado.
Que maravilha.
Se tudo correr bem ainda chovem cubos de gelo.
Vamos lá rezar por isso.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"Os Contemporâneos", ontem

Já por aqui anda o episódio de ontem de "Os Contemporâneos".
Onde?
Aqui.

Parece também que fizemos 20,4% de share, num momento de rara beleza, mas que sabe bem.

Estranho mundo da Wikipédia

Depois de ter reparado que o meu amigo Markl tinha tido problemas com a precisão do site "Wikipédia", decidi também eu dar uma vista de olhos.
E posso dizer, com algum à vontade, que é preciso ser-se um bocadinho parvo para escrever coisas num site que supostamente é uma enciclopédia online, sem antes confirmar os dados.
Mas isso é só um pormenor.
Começa com "Aveiro, 31 de Janeiro de 1982"
Nasci em Lisboa, mas lá está, se der mais jeito à Wikipédia eu trato da papelada no local indicado e passo a ser de Aveiro com todo o gosto.
Depois: "Viveu na Suíça até aos 12 anos".
Não não, não vivi.
Mais: nunca meti sequer um vigésimo do meu corpo na Suíça, ainda que tenha a certeza que é um país lindíssimo para passar a adolescência a comer chocolates ao pequeno almoço e a rebentar com diabetes.
Mais uma vez, um pormenor.
Continua: " participou aos 20 nas novelas Senhora das Águas (RTP, 2001)"
Vamos a isso também que eu falo nos arquivos da RTP Memória e eles podem repor a série com uma montagem da minha cara em cima de outro actor qualquer, mas acho que mesmo a nível técnico era mais complicado do que mudarem isso no vosso site tão preciso e tão útil.
E para terminar: "Filme Conversa da Treta".
Ah...por pouco....
De facto fui convidado, mas não cheguei a fazer...
Devem ter escrito essa linha no dia em que eu fui convidado e depois no dia a seguir não estava ninguém para apagar a mesma linha porque o pessoal do site já tinha ido almoçar à Companhia das Sopas.
Enfim, como digo são tudo pormenores, mas eis um pormenor ainda melhor: Já que é um site com uma dimensão tão grande, porque é que não pedem às próprias pessoas para vos fornecerem um currículo base que esteja certo e a partir daí romanceiam o que bem vos der na cabeça?
Isso é que era.
Ou isso ou escreverem um livro de ficção.
Vá, um forte abraço a todos.

domingo, 2 de novembro de 2008

Numa só tarde

Documentário "O Grande Silêncio"
Filme "O Quarto do Filho"
Filme "Os Falsificadores"

Passar de um documentário sobre o silêncio no convento da Ordem Das Caruxas, para a morte de um filho, e depois para um falsificador judeu nos campos de concentração é das experiências mais alucinantes que existem.
Experimentem.
Ou então não.
Ah, e muito importante: a lareira sempre, mas sempre a estalar.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Qualquer coisa em forma de comida

Sou um grande fã de comida artificial.
Qualquer uma.
Especialmente quando entramos no campo dos snacks que têm descrições específicas demais.
Por isso é que numa só tarde, edurante uma sessão fotográfica dos "Contemporâneos" para a "Time Out" , me entreti a comer três produtos de altissímo gabarito.
São eles:

Lays de cebola caramelizada e vinagre balsâmico
Bollycao com chocolate de leite (um clássico)
Lays de chilis picantes com especiarias exóticas.

Todos eles produtos extraordinários.
Mas continuo a defender que o melhor snack alguma vez inventado é o seguinte:


Sim senhor, Doritos Tex Mex.
Consigo, nos meus dias bons, comer dois pacotinhos destes.
E tenho ali no armário da cozinha um pacote de Ruffles com sabor a "Picanha na Brasa".
Lá está, mais uma vez uma descrição pormenorizada demais.
Não é um tipo de carne qualquer.
Não é cozinhada de uma maneira qualquer.
É precisamente o sabor proveniente de uma Picanha na Brasa.
Medo.



Hoje, nos "Contemporâneos", gravámos com uma autêntica rock star.
Podem ver tudo, amanhã à noite.

sábado, 25 de outubro de 2008

fim de tarde no Porto

Não há nada mais deprimente do que ver "apanhados" na televisão.
Nem mesmo ver uma entrevista do António Calvário a passear no Chiado com uma roupa espectacular e uns óculos de ciclista.
Ou melhor, há: o facto de eu estar neste momento a vê-los num hotel do Porto em vez de estar a fazer qualquer coisa interessante.
Só um pormenor: padeço de um ligeiro estado febril.
Explica muita coisa, e ao mesmo tempo não explica nada.

Parece que os "Contemporâneos" estão em grande forma.
Sabe bem dizer isto, depois de toda a porrada que levámos.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

sim, mais "Contemporâneos"...

Enquanto não vem o episódio de amanhã, deixo aqui dois sketches de episódios passados, dos quais gosto particularmente:



e


terça-feira, 21 de outubro de 2008

no próximo episódio...

...dos "Contemporâneos" temos a participação especial de Rogério Samora em versão monhé.
E muito mais estrelas da TVI.
Um rigoroso exclusivo.



Sei dizer-vos que hoje passámos o dia todo (cerca de dez horas) a filmar um único sketch, mas que eu penso que pode ficar muito bom. Na quinta-feira logo dizem de vossa justiça.
Sei também dizer que grande parte deste dia foi preenchido com o Dinarte a tentar colocar umas lentes de contacto.
Reparem como há uma mão a empurrar o braço dele para ele espetar o dedo no olho a altíssima velocidade.
Sofrimento alheio é sempre agradável de fotografar:



Mas melhor do que sofrimento alheio é ver o mesmo sofrimento mas com rotatividade de voluntários interessados na causa:





Sim sim, sou eu lá atrás a fotografar o esgravatar da menina do olho do Dinarte.
Há qualquer coisa de mágico em ver uma lente na direcção do olho, saber que a lente tem de ir para dentro do olho, fechar o olho um milímetro antes, e esbarrar a lente contra a pálpebra.
Resultado: foi feito sem lentes.
Foi melhor assim.
Até porque ele ainda parou numa fase em que não tinha furado os olhos todos e ainda conseguia ver.
O que parecendo que não é mais simpático do que ouvir "acção" e ele ir disparado às apalpadelas contra um armário.
Também era giro, mas ninguém alinhou.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Novo MacBook



Este novo Mac é giro todos os dias.
Se fosse possível curtia com ele.
Como não é, fico só a pensar noutras alternativas.

domingo, 19 de outubro de 2008

ontem, na Aula Magna




Um concerto do caraças que não deixa dúvidas:
Os Deolinda são uma banda onde tudo funciona como deve de ser, desde a voz impressionante da vocalista Ana Bacalhau, passando pelos arranjos musicais e não esquecendo a qualidade das letras que demonstram um refinado sentido de humor.
São todos familia: Pedro da Silva Martins, o seu irmão Luis José Martins (guitarra), sendo eles primos de Ana Bacalhau (vocalista), que por sua vez é casada com o José Pedro Leitão (contrabaixo).
Fui a convite dos próprios e no fim fiz questão de ir dar os parabéns e perceber que aquele concerto era uma das primeiras grandes alegrias da banda que encheu e incendiou a Aula Magna.
Ganham por tudo o que são em palco, mas acima de tudo ganham pela simpatia contagiante que eu pude confirmar nos bastidores.
Nesses mesmos bastidores ficámos um bocado à conversa, e aproveitando a presença do caríssimo Markl, comentámos o estranho caso de ele ter recebido mails com ameaças por ter dito na Ant3na que o tema "Movimento Perpétuo" dos Deolinda deveria ser o novo hino nacional.
Prova que de facto ainda anda por aí muita gente parva com demasiado tempo livre.
Era bom que aproveitassem esse tempo para se preocuparem com outras coisas que não uma simples piada.
Nomeadamente com o facto de eu também achar que dava um óptimo hino nacional.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

última hora

Amanhã, depois da estréia de "Liberdade 21" e depois do "Jogo Duplo", repetem os dois últimos episódios que foram para o ar de "Os Contemporâneos".
Para quem não viu e queria ver é espectacular.
Para quem não viu e não queria ver é simplesmente maçador.
Para quem nem sequer sabe do que é que eu estou a falar, espero que tenham um entorse no tornozelo e fiquem de cama três semanas com o dito tornozelo do tamanho do pescoço.
Posto isto, vou andando.

"saia da rotina..."

Uma grande promoção da RTP.
E muito bem filmada.

Aqui fica:

"paris"


É um bom filme.
Daqueles em que os actores vão bem, a história é boa, a realização é boa.
Tudo a correr como deve de ser, e uma tarde mais do que agradável no cinema King.
A história de Pierre (Romain Duris) , um dançarino profissional que sofre de uma grave doença de coração.
Enquanto aguarda por um transplante que lhe pode ou não salvar a vida aproxima-se mais da sua irmã Elise (Juliette Binoche) e da cidade de Paris.
Uma história muito bem escrita e com uma bela realização de Cédric Klapish, autor e realizador de obras como "Residência Espanhola" e "As Bonecas Russas".
Vale bem a pena.

Enquanto isso, podem sempre ir aqui ver o episódio de ontem de "Os Contemporâneos".
O Markl avisa no blog dele e eu faço o mesmo:
"o video que arranca automaticamente quando se entra é a segunda parte do programa. Clicai no link da 1ª Parte para ver o episódio desde o início".
E pronto, é isto.
Ou nem isto.

arte vs parvoíce



Esta é a maravilha proporcionada por uma empregada doméstica que nos presenteia todos os dias com estes pequenos momentos.
Neste caso foi uma lata de "Pronto" no canto de um sofá.
Outras alturas há em que é um pano de pó no lavatório da casa de banho.
Enfim, pequenos pedaços de arte que talvez percebamos um dia mais tarde.
Por agora é só ridículo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

o nosso sorteio

A nova promoção dos "Contemporâneos" na RTP1.
Aqui está ela:

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

soube a pouco

Sabem aqueles fins-de-semana perfeitos?
Em que conseguimos estar com quem gostamos e já não vemos há muito tempo?
E onde tudo corre mais do que bem?
E em que deixamos a casa do Miguel Guilherme com uns trezentos pratos e talheres por lavar e com bocados de fita cola espalhados em variadíssimos locais, incluindo locais que ele só vai descobrir quando tiver oitenta anos? (longa história)
Pois bem, este foi um desses.
Daqueles que enchem o peito para a semana toda.
E agora vou dormir porque amanhã parece que gravo às 8h da manhã.
E a maravilha que é gravar comédia às 8h da manhã.


p.s.- esta última frase estava carregada de ironia.
não se sente muito porque não viram a minha cara.
que era mais ou menos esta.
entendidos?
isso.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Vale tudo

Hoje, no programa da tarde "Contacto", um dos convidados era o Angélico.
Maya e Nuno Graciano a liderarem a entrevista.
Todos os ingredientes para uma tarde bem passada.
A certa altura Angélico diz "Pá, e a minha agente do Brasil ligou-me e disse: Cara, você é foda!"
Sim sim, às 17h num canal generalista.
Sim, o público riu.
A Maya riu.
E o Nuno Graciano também riu.
Todos riram porque o Angélico disse "foda" num programa da tarde.
E de facto é uma palavra que está muito bem apanhada.
Essa e "cérebro".
Depois do público e dos apresentadores pararem de rir, Angélico repetiu: "Cara, você é foda!"
Só para o caso de haver alguém que tenha espirrado nessa altura e não tenha ouvido a palavra por inteiro.
Reacção do público e dos apresentadores:
Mais risos, num claro sintoma de Alzheimer a dar os seus primeiros passos.
Tudo de uma finura esmagadora.

Ontem, nos Contemporâneos.

Meus caros, enquanto o DVD sai e não sai, aqui fica para quem não viu o programa ontem.
Aqui onde?
Aqui.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

r.i.p.

Há qualquer coisa de estranho no país.
Qualquer coisa que bate no rítmo errado.
Qualquer coisa que falha.
Eu sabia que havia qualquer coisa que falhava, que morria, mas faltava-me os olhos para confirmar.
Agora já sei:



Partiu.
Faleceu há cerca de um mês o tão divertido boneco do Multibanco.
E recrutaram este que é absolutamente ridículo.
Fizeram com o outro o mesmo que fizeram com a Picolé na Praça da Alegria : um empurrão para o fim.
Um encosto para o nada.
Havia qualquer coisa de triunfalmente alegre quando o outro boneco nos pedia para marcarmos o código pessoal.
E nós confiávamos nele o que não confiamos em muitos amigos.
Os quatro digitos que ele recebia e selava.
Fica ainda a maneira como nos entreolhava para introduzirmos o cartão.
Tudo isso era de uma finura misturada com saber viver que deixava poucas dúvidas: ele estava ali, naquela caixinha, mais do que feliz por se lambusar com os nossos cartões.
Dia após dia.
Nós brutos, apressados, irritados, indiferentes.
E ele lá, sereno, a pedir-nos o que já sabiamos.
E tudo com um par de luvas brancas, para que não haja cá confusões.
Como manda a lei.
Como manda a sapatilha.
Como manda tudo.
Tudo feito com a força de uma vida.
Ficarei para sempre com a imagem dele desolado, com o coração feito em restos de nada, com os braços dele feitos braços do céu ,a suplicar: "dirija-se ao multibanco mais próximo".
Dirija-se ao multibanco mais próximo.
Para se dizer isto é preciso carregar uma honestidade esmagadora.

Ali nasceu, ali viveu, e ali acabou por morrer.
Mas cedo demais, parece-me.
Cedo demais.
Deu lugar a um mais novo, é certo, mas infinitamente menos discreto a pedir o código pessoal e patético na parte do "retire o seu dinheiro".
É o progresso, dizem uns.
É o fim, digo eu.

Descansa em paz



P.s.- Reparem uma útlima vez na pintarola (não há que ter medo da palavra pintarola) que este jovem tinha ao pedir para marcarmos o código pessoal com a descontracção de uma perna cruzada.
Classe.

"O segredo de um cuscuz"

Nos dias que correm, este é O filme:



Para quem vive em Lisboa ainda pode ir ver ao cinema Nimas.
É a tal estranha prova de que quando os actores são bons e a idéia é boa até se pode fazer um filme inteiro sobre cuscuz.
Essa é que é essa.
E vale muito a pena.
Preparem-se para depois comerem meio restaurante, que o sacana do filme dá fome.

13% de álcool x vários copos

Sabem aqueles dias em que uma pessoa acorda sem nunca chegar bem a acordar, e depois sente que o dia passou sem que tenhamos dado por ele a passar tal é o estado de sonolência?
Sabem quando essa sonolência anda de mão dada com uma ligeira moínha na cabeça como que a dizer "eu ontem ainda te tentei avisar Bruno"
Sabem quando tudo isso é causado por um vinho alentejano bebido no dia anterior?
Pois bem, hoje se eu tivesse acordado o dia teria sido assim.
Agora vou dormir, para ver se não me acordo.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Sessão fotográfica

Hoje de manhã estive numa sessão fotográfica para a RTP que pode ficar bem bonita.
Não posso adiantar muito, posso apenas mostrar onde fotografei: neste tapete de relva verdadeiro.



E posso adiantar também que fotografar antes da Judite de Sousa foi das experiências mais peculiares da minha carreira.
"O Bruno já acabou. Judite, pode vir!"
Nunca pensei que estes dois nomes pudessem conviver na mesma frase.
Mas podem.

Repetições e tal

O episódio de hoje dos "Contemporâneos" não foi emitido porque a RTP1 teve de transmitir em directo um tourada.
E há lá coisa mais estimulante do que ser substituído por um animal a levar com metais pelo lombo adentro?
Que me lembre não.
Mas as boas notícias é que de hoje em diante os episódios que dão à quinta-feira vão ter repetição aos sábados às 16h30.
O episódio da semana passada repete então já neste fim-de-semana.
Mas mesmo assim tenho pena que não repita também a tourada.
Cornadas é coisa que mexe sempre com multidões.

Esqueci-me de avisar a minha irmã que hoje não dava o episódio.
Ainda agora deve estar a achar que estou com uma cara estranha.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Campanha TSF



Ora aqui está a campanha deste ano.
Fiquei muito satisfeito com o resultado final.
Os meus parabéns tanto à TSF como ao fotógrafo Carlos Ramos pelo brilhante trabalho.
Tudo isto para dizer que o "Tubo de Ensaio" se mantém na TSF todos os dias e que o "Exame da Dona Rosette" estréia na nova grelha e que vai dar todos os dias também.
Podem sempre ouvir todas as crónicas que já foram feitas no site da TSF
Esta foi a última crónica que fiz sobre a bonita terra do Estoril.
Se quiserem ouçam aqui.
Se não quiserem é porque são pessoas extremamente parvas.

New Look

Sim, andei a brincar com coisas que não a pilinha.
Nomeadamente com a aparência do blogue.
Ainda não acabei as modificações porque parece que estou atrasado para uma reunião que sempre existiu menos na minha agenda.
Mas depois volto à carga que isto está-me a dar gozo, sabe deus porquê.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Ai chega chega"


Cheguei hoje à conclusão que se o Eduardo Madeira tivesse muita força de vontade e apostasse com algum amor no travestismo podia facilmente ter um número muito digno em que fazia de Beatriz Costa.
Podia ou não podia?
Podia pois.

Geografia da boa

O Estoril Open de ténis é em Oeiras.
O Open Estoril de Golfe é na Quinta da Marinha.
O Autódromo do Estoril é em Alcabideche.
E agora a Moda Lisboa é no Estoril.
E eu que sim senhor, que acho tudo lindamente.
E que espero que uma professora de Geografia encontre os organizadores destes eventos e lhes dê com o mapa de Cascais na boca até eles começarem a cuspir localidades.
"Epá oh Bruninho, não sejas violento".
Não só não sou como não respondo a frases escritas por mim com aspas para disfarçar.
Escusavam de ouvir esta.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Aquele querido mês de agosto"



Fui hoje ver, e tem momentos absolutamente deliciosos.
É um misto de documentário com filme.
Tendo sempre como pano de fundo a Beira Interior, e o universo da música ligeira portuguesa.
Vale a pena, ainda que necessite de alguma paciência em algumas partes.
Mas vale a pena.

sábado, 27 de setembro de 2008

Sandro, o famoso

Do último programa dos "Contemporâneos" destaco este sketch que gostei particularmente de fazer, e no qual a contracena do Dinarte é simplesmente genial.
Aqui fica:

Ja nem sei que título dar

Tenho como objectivo máximo fazer uma consistente figura de parvo em situações que pouco ou nada importam.
Esforço-me muito.
É uma meta na minha vida.
Nestes 23 segundos de vídeo acho que chego perto.
Reparem como conseguem ser profundamente deprimentes e provam como até em cima de uma mota é possível fazer figura de parvo.
Causam não só vergonha alheia como alguma expectativa de uma coisa que nunca chega a acontecer.
Esta bonita arte está, portanto, ao alcance de todos.
Mas com muita classe, claro.




Eu não disse?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Daqui a uns anos


Peço a deus para não envelhecer assim.
É o mínimo que ele pode fazer por mim.

P.s.- Percebi agora que a minha cabeça tem um feitio ridículo.
Nesta fotografia em particular pareço uma papaia ao contrário com pó de talco.
Só me faltava esta.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pensamentos, dos espectaculares


Só aqui entre nós:
É impressão minha ou a Teresa Guilherme tem um queixo espectacular para pousar um bom pirex?
Convém é pôr uma base de cortiça para não queimar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Comédia cedinho

Devia de haver uma lei que proibísse gravar programas de comédia às 8h da manhã.
Juntar as palavras: "Comédia" e "Acordar cedo" é como tentar juntar: "Maddie" e "GPS".
Porque aquilo que eu gravar agora só me vou lembrar lá para as duas da tarde.
É por isso que gosto de ir à edição, porque há sempre coisas que gravei para o programa que nem sequer suspeitava.
Como o sketch que se segue.
Que é sobre coiso.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Momento da Verdade

O programa "Momento da Verdade" é...
Ainda estou à procura de palavras novas para elaborar um texto.
Tenho muitas no meu vocabulário, mas a ver se invento uma para não estragar as que já existem.
"Gostaria de ter um pénis maior?"
Esta foi a última pergunta que feita ao senhor José, em frente à mulher, mãe e filho.
E ele que "Sim".
Palmas.
Alegria, e está no patamar dos 10 mil euros.
"É atrasado mental por 10 mil euros?"
Sou sim senhor.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"então mas foi ontem?" Sim, foi.

Ontem deu, sem dúvida nenhuma, o melhor episódio de sempre dos "Contemporâneos".
Mudámos de horário.
Deixámos de dar ao domingo e passámos a dar à Quinta-Feira.
Havia muito mais para dizer sobre o facto da RTP1 não ter passado qualquer promoção a avisar os telespectadores da mudança de dia de transmissão do programa.
Mas o amigo Markl já disse tudo o que havia para dizer.
Quem não viu, pode então ver o episódio aqui.
Tenho um orgulho tremendo em toda a equipa que conseguiu fazer deste episódio em particular um produto tão bom.
Enfim.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pela vossa saúdinha

Não se esqueçam.
Começa HOJE à noite a segunda temporada dos "Contemporâneos".
Hoje, quinta.
Em conversa com a RTP chegámos à conclusão que este seria um dia mais confortável para o programa, uma vez que a RTP1 vai começar a ter o futebol aos domingos e iríamos andar aos encontrões a mudar de horário.
Assim estamos sossegadinhos.
Já disse que recomeça hoje?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

História de um pequeno grande vírus.

Computador: "Deseja instalar AntivirusXP08?"
Eu: Desejo sim senhor!
Computador: Ai sim? Então embrulhe lá aqui isto que parece que é um vírus disfarçado de antivírus.
Eu: Epá, que maravilha. E então o que é que o senhor computador vai fazer com esse vírus que eu lhe dei a comer?
Computador: Olhe, vou deixar de conseguir ir à internet, vou começar a desligar-me sozinho, e começar a destruir a informação que tenho na minha barriguinha.
Eu: Sim senhor, muito e muito obrigado. Vamos então a isso.
Computador: Fica então combinado. Adeus e boa noite.
Eu: Adeus, forte abraço.

Hoje já recuperou graças à perícia do meu primo técnico de informática.
Ou "Deus", nestas alturas.
Cada vez percebo menos de computadores.
E cada vez quero perceber menos.
Só sei que nestas alturas gostava de ter tudo num bloco de notas e as fotografias todas em papel.
Só para o caso.